Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 366

Ivan riu sarcasticamente. Ninguém o havia avisado que o herdeiro do Grupo Ortega era tão mesquinho, brigando por causa de um simples avental após o divórcio.

Mas era apenas um avental. Ele o tirou rapidamente e o entregou a Lúcio.

Lúcio pegou o avental e, na frente dele, sacudiu-o como se estivesse tirando a sujeira.

Ficou claro que ele estava demonstrando desprezo, e Ivan cerrou os dentes de raiva.

Lúcio então colocou o avental sobre a mesa, ajeitando-o cuidadosamente. Ao ver Sávio ao seu lado, olhando para ele sem entender, ele revirou os olhos.

"Coma seu macarrão, você está tão magro quanto um palito."

Sávio, intimidado pelo tom sombrio de Lúcio, estremeceu e seus olhos ficaram vermelhos.

"Já que você pegou o avental, peço que saia da minha casa." - disse Selena, um pouco irritada.

Lúcio lhe lançou um olhar frio antes de se afastar.

Quando Selena viu Lúcio saindo, ela se lembrou de algo e correu atrás dele.

"Lúcio, devolva-me a chave da minha casa, por favor."

Lúcio fez uma pausa, como se não tivesse processado o pedido, e ficou em silêncio por um longo tempo antes de bufar e entregar a Selena o molho de chaves que havia tirado do bolso.

"Você está satisfeita agora?"

Selena mordeu os lábios: "Vou mudar a senha também, então não volte mais."

Os olhos de Lúcio brilharam com uma emoção contida: "Faça o que você quiser."

Com isso, ele saiu novamente.

Só quando se sentou no carro é que sua verdadeira condição apareceu. Ele se encostou no banco, ofegando, enquanto o suor frio começava a escorrer de sua testa. Com a mão trêmula, tirou de seu bolso um pequeno frasco branco, encontrado no armário naquela noite, algo que ele havia esquecido. Colocou duas pílulas na boca e tentou acalmar a respiração, levando algum tempo até conseguir se recompor.

Na verdade, ele realmente queria ficar naquela casa, pois era o único lugar onde se sentia seguro. Mas aquela casa não era mais dele, e não havia espaço para ele no local.

Ele deu uma baforada no cigarro enquanto observava atentamente os rostos das pessoas que passavam, como se soubesse que ela apareceria a qualquer momento, e seu coração se apertou cada vez mais.

De repente, uma mulher com uma jaqueta vermelha passou por ele, e ele parou abruptamente, virando-se desesperado para ver aquela mancha vermelha indo e vindo no meio da multidão.

Ele começou a segui-la, mas havia muitas pessoas, como se uma densa rede o estivesse envolvendo.

Seus olhos se fixaram na figura vermelha e ele se esforçou para abrir caminho, dando passos largos para se aproximar. Quando estava prestes a alcançar seu ombro, uma criança esbarrou nele. Instintivamente, ele agarrou a criança, mas quando levantou a cabeça novamente, a figura vermelha já estava se afastando.

"Você não olha por onde anda? Veja como você deixou o meu neto!" - gritou uma senhora para ele.

"Saia do caminho!" - ele rosnou.

A senhora ficou ainda mais furiosa com a atitude dele: "Quem você pensa que é? Você trombou no meu neto e está gritando conosco! Não, você não vai embora hoje sem pedir desculpas!"

Lúcio viu a figura vermelha quase desaparecer e, em desespero, empurrou a senhora para o lado, correndo atrás da figura enquanto ela ainda gritava.

Dessa vez, ele finalmente a alcançou, agarrou seu ombro e a puxou bruscamente para trás.