Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 483

Lúcio agarrou o volante com força e o endireitou enquanto o carro se chocava contra a ponte elevada, até parar raspando na grade.

"Lúcio, Lúcio, vamos morrer juntos! Eu sei que te trai, não mereço seu perdão, você nunca vai me perdoar, então não peço para vivermos juntos, apenas para morrermos juntos, pode ser?" Alina gritava em meio às lágrimas.

Lúcio retirou a chave, virou-se e saiu do carro.

"Lúcio, não vá! Não vá! Se você der mais um passo, eu vou me jogar!"

Lúcio continuou andando, sem hesitar ou parar.

Alina entrou em desespero, agarrando-se à grade da ponte e gritando desesperadamente.

Uma hora depois, Selena chegou à delegacia.

Ao ver Lúcio sentado com a cabeça baixa, ela correu e o abraçou.

Lúcio ficou rígido por um momento, mas ao perceber que era Selena, relaxou e a abraçou de volta.

"Eu queria saber da boca dela quem era a pessoa, mas ela se recusou a dizer."

"Eu descobri quem era," Selena disse rapidamente.

Lúcio levantou a cabeça, surpreso. "Você descobriu?"

"Fagner."

Lúcio imediatamente lembrou-se de quem era Fagner e franziu o cenho.

"É ele?"

"Mas acho que a situação não é tão simples. Antes de vir para cá, já dei depoimento em outra delegacia, e acredito que logo teremos resultados."

Nesse momento, um policial encarregado do interrogatório saiu e falou com o chefe, que acenou com a cabeça, e o policial se dirigiu até eles.

"Sr. Reis, a suspeita não quer cooperar, disse que só fala se puder ver você."

Lúcio assentiu, "Eu posso vê-la."

"Você tem algo a nos dizer?" Lúcio perguntou friamente.

Ao ouvir a voz dele, Alina levantou a cabeça rapidamente, os olhos brilhando, mas ao ver Selena, a luz em seus olhos se apagou.

"Lúcio, eu errei."

Lúcio a fitava friamente, sem responder.

"Eu, eu não sei como cheguei a esse ponto. No começo, eu estava apenas entediada, você estava sempre ocupado com aulas, trabalho e estudos e não tinha tempo para mim. Na primeira vez, eu estava bebendo com seu colega de quarto, e então, perdi o controle. Depois disso, foi um erro após o outro, eu não conseguia parar, até você descobrir. Eu estava tão arrependida naquela época, eu juro, se você me perdoar, nunca mais vou errar."

"Ah, e ele?"

"Ele me forçou!" Alina disse, emocionada.

O rosto de Lúcio ficou sombrio, "Você diz que ele te forçou?"

"Sim, eu resisti, mas não consegui. Depois, fiquei com medo, vi ele matar alguém com meus próprios olhos, então não ousei resistir. No começo, quando você estava trancado naquele armário, eu realmente não sabia, mas depois que soube, ainda não ousei te ajudar, porque se eu te ajudasse, nós dois morreríamos. Eu só podia seguir o jogo dele, esperando uma chance de te libertar."