Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 486

"Quer dizer que talvez estivéssemos procurando um morto esse tempo todo," disse o policial.

Selena balançou a cabeça, sem saber, mas sentia que Fagner não morreria tão facilmente.

Naquela noite, Lúcio não acordou, no dia seguinte também não, e no terceiro dia, quando Selena já conseguia sair da cama, ele ainda não tinha despertado.

"Doutor, o que está acontecendo? Meu filho vai acordar?" Cristina já não mantinha mais a calma de antes e, sempre que via o médico entrar, perguntava.

O médico suspirou, todos os exames necessários já tinham sido feitos. "O corpo do Sr. Reis está bem, mas achamos que o trauma psicológico do acidente pode estar impedindo-o de acordar."

"Você está dizendo que ele não quer acordar?"

"É uma possibilidade."

A pedido insistente de Selena, ela agora dividia o quarto com Lúcio.

Ela se sentou ao lado de Lúcio, apertando sua mão com força.

"Lúcio, por favor, acorde, está bem? Podemos enfrentar tudo juntos, eu não vou te deixar sozinho novamente. Por favor, abra os olhos!"

Selena implorava a Lúcio, sem saber se ele podia ouvi-la.

Ismael já tinha saído da UTI, o que trouxe um pouco de alívio para Selena.

Mais três dias se passaram, Arnaldo já conseguia se mover livremente, Ismael também tinha acordado, mas Lúcio ainda não mostrava sinais de melhora.

Todo dia, Selena e Cristina se revezavam ao lado da cama dele, falando na esperança de que ele pudesse ouvir e responder. Mas a cada dia que passava, a esperança parecia se esvair.

Naquela noite, depois que Cristina foi embora, Selena conversou bastante com Lúcio. Quando ele não reagiu, ela se sentiu à beira do desespero.

"Lúcio! Como você pode fazer isso comigo?"

"Será que não bastaram todos os machucados que você já me causou? Precisa continuar me machucando?"

"Lúcio! Lúcio!"

Selena gritou, mas acabou chorando sem forças. Ela encostou-se nele, chamando por ele repetidamente.

"Meu amor, eu estou com tanto medo, medo de que você nunca mais acorde, que nunca mais me diga que me ama."

"Amor, por favor, acorde."

Foi então que ela sentiu uma mão tocar seu rosto.