Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 550

"Espera aqui um pouco, vou no carro pegar o celular."

Ela voltou ao carro para pegar o celular, e quando voltou, o garotinho ainda estava esperando, sem intenção de pagar a conta. Ela foi até lá e pagou, e o garotinho saiu todo contente abraçado com ela.

"Mana, não precisamos pegar o carro, o shopping está bem em frente."

"Estou cansada," Geovana respondeu.

"Ah, mas se você está cansada, eu posso dirigir?"

"Você pode voltar para a escola primeiro."

O garotinho franziu a testa, "Mas não íamos ao shopping..."

"Irmãozinho, é bom comer de graça, mas faz isso com um pouco de classe!"

O garotinho ficou vermelho, "Só porque eu não paguei a conta, mas eu, eu sou só um estudante, como vou ter dinheiro? E você quem disse que ia pagar! Se eu soubesse que você era tão mão de vaca, nem teria saído com você, você é chata na cama e..."

Antes que o garotinho pudesse terminar, Geovana deu-lhe um tapa.

"Se você ousar dizer mais uma palavra, faço você devolver cada centavo que te dei!"

O garotinho sabia que Geovana não era alguém com quem se meter, então ficou quieto.

"Daqui a pouco vou te transferir dez mil reais, e aí acabamos por aqui. Se for esperto, não me arruma problema, você não pode comigo!" disse Geovana, caminhando rapidamente em direção ao estacionamento.

Dentro do carro, ela afundou no banco e soltou um longo suspiro.

Ela de repente se sentiu um pouco cansada desse tipo de vida, buscando apenas a emoção física, trocando de homem como se troca de roupa, mas todos tão sem graça.

Ela pretendia voltar para o apartamento, mas quando parou o carro, percebeu que tinha dirigido até o prédio de Ivan.

Ela aparecia por lá de vez em quando, mas nunca tinha coragem de subir.

Se subisse, o que diria? Provavelmente começaria com um "desculpe", que até para ela soava como um clichê.

Ela admitia que amava Ivan, só não esperava que esse amor durasse tanto tempo; dois anos se passaram, e ainda doía pensar em perdê-lo.

Geovana acendeu um cigarro, prestes a abrir a janela, quando viu pelo retrovisor Ivan carregando uma encomenda pesada, enquanto falava ao telefone.

"Mãe, na Cidade Solarna não falta maçã, nem batata-doce, muito menos batata inglesa!" Ivan estava exausto, encostou-se na calçada para descansar. "Não me mande mais essas coisas!"

O frete era mais caro do que o valor das coisas, e ainda era um fardo carregá-las de volta.