Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 675

Ao sair da clínica, Selena tinha acabado de colocar Luiza na cadeirinha de segurança quando seu celular tocou.

Sentou-se no banco do motorista e viu que era uma ligação de Margarida.

"Oi, madrinha."

Mal atendeu, já ouviu a voz impaciente de Evaldo do outro lado.

"Poxa, só pedi pra você fazer uma ligação, até agora enrolando… Não faz nada direito mesmo."

Evaldo provavelmente não percebeu que a ligação já estava conectada e ela ouviu aquela reclamação.

"Desculpa te ligar, eu…"

Margarida soou um pouco constrangida.

"Você quer convidar eu e meu marido pra jantarmos aí na sua casa, né? Acertei?"

"É isso mesmo."

"O Evaldo já me ligou duas vezes antes, não atendi."

"Eu sei."

"Tudo bem, a gente vai mais tarde, mas é só pra te prestigiar, não ele."

Margarida ficou em silêncio por um instante, depois murmurou: "Obrigada."

Depois de desligar, Selena ligou para Lúcio e combinaram de se encontrar em frente ao prédio da empresa dele. Na verdade, o Grupo Ortega ainda estava negociando uma possível parceria com a empresa do Evaldo, mas como o Ortega era o lado mais forte do contrato, tinha muitas opções — já Evaldo era o lado mais fraco e precisava muito desse projeto pra aliviar a pressão financeira da empresa dele.

Era por isso que Evaldo estava tão empenhado em se aproximar de Lúcio.

Selena deixou Luiza em casa primeiro, depois foi buscar Lúcio na empresa.

Quando ele saiu, um homem de meia-idade veio atrás dele às pressas, o rosto vermelho de raiva.

Selena abaixou o vidro do carro e ouviu o homem gritar: "Lúcio, eu trabalhei lado a lado com seu pai desde o começo, até ele me respeita, como é que você acha que pode me mandar embora assim? Você tem que me dar uma explicação, senão eu não aceito isso!"

Lúcio parou de repente, ajeitou os óculos, olhou sério para o homem e disse: "Você sabe muito bem o motivo. Quer mesmo que eu fale em voz alta?"

Lúcio indo junto, no entanto, envolvia questões de trabalho, e ela não queria dar essa vantagem pro Evaldo.

"A empresa está mesmo avaliando a do Evaldo, mas além da análise de negócios, quero entender melhor quem é ele como pessoa."

"Se for só pelo caráter dele, já posso te adiantar: não vale a pena fechar negócio."

Conversando assim, logo chegaram à casa do Evaldo no bairro Cidade Solarna.

Foi o próprio Evaldo quem abriu a porta, recebendo-os com um entusiasmo exagerado.

"Ouvi dizer que o Sr. Reis estudou em Harvard, olha só que coincidência! Tenho um amigo que também foi pra lá, quem sabe vocês se conhecem!"

Evaldo os levou para a sala e apresentou alguns amigos que já estavam lá.

Uma mulher elegante, com um vestido branco de alta costura, ar sofisticado e delicado, estava ali. Mas, ao vê-la, o semblante de Selena fechou.

Aquela mulher não era outra senão a amante de Evaldo. Ele teve a ousadia de trazê-la pra dentro de casa, apresentando-a como "amiga".