Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 685

Quando Selena Santos subiu no barco de resgate, as pernas dela estavam bambas.

Ela nem conseguia imaginar como Diego devia estar naquele momento; com certeza, ele devia estar morrendo de medo.

"Ei, gente, olhem lá, não é aquele caiaque?" Alguém gritou, apontando uma lanterna para um pontinho distante.

Todos viraram para olhar e, ao perceberem que era mesmo um caiaque, se apressaram para lá.

Quando chegaram mais perto, justo quando pensavam que poderiam respirar aliviados, ficaram chocados: não havia ninguém no caiaque, a criança não estava ali.

"E a pessoa? Será que... caiu no mar?"

Assim que alguém falou, todos ficaram com o coração na boca.

Selena então começou a tremer, sem conseguir controlar o corpo.

De repente, Lúcio Reis se jogou na água.

Por causa da escuridão, assim que pulou, sumiu na hora. Selena ficou ainda mais apavorada, prendeu a respiração.

Um segundo, dois, três...

Quando os outros já estavam se preparando para pular também, Lúcio apareceu de repente, abraçado a Diego, vindo à tona. Ele só tinha pulado porque tinha visto Diego.

Correram com o barco até eles e os puxaram para dentro.

Lúcio estava bem, mas Diego estava de olhos fechados, o corpo completamente mole.

Os salva-vidas checaram logo a boca e o nariz dele, e começaram os primeiros socorros, um revezando com o outro, mas Diego não dava sinal de acordar.

Selena começou a perder a esperança, as lágrimas caindo sem controle.

Quando todos já estavam quase desistindo, Diego de repente cuspiu um jato de água e começou a tossir.

"Ele acordou! Ele acordou!"

"......"

"Mas, mesmo sendo daquele jeito, eu gosto dela. Ela subia o morro pra pegar fruta do mato pra mim, à noite deitava comigo, mesmo que sempre me empurrasse pra fora da cama... Sei que, no fundo, ela também gosta de mim."

Quase na hora do almoço, chegaram em frente à casa de Diego.

Na porta já tinham pendurado flores brancas e panos brancos; os vizinhos entravam e saíam ajudando a organizar tudo. Quando Diego desceu do carro, todos correram para recebê-lo, cercando-o e levando-o pra dentro.

Selena e Lúcio não tinham muito o que fazer ali dentro, poderiam até atrapalhar. Então foram até a mesa na entrada e deixaram uma contribuição.

"Meu garoto, o Zeca, tá bem?" Uma mulher, achando que eles eram do instituto, veio logo perguntar.

Zeca era um menininho; Selena lembrava dele.

"Ele está bem, vai chegar em casa hoje à tarde."

A mulher ficou aliviada e sorriu. "Aqui tá uma bagunça... Vocês não querem ir lá em casa tomar uma água?"