Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 737

Dr. Cruz balançou a cabeça, sentindo que, se ela não quisesse falar, encontrá-la não adiantaria nada.

“Enquanto houver uma pontinha de esperança, não deveríamos desistir,” disse Selena Santos.

Dr. Cruz, olhando para a determinação de Selena em ir até o aeroporto, sentiu uma pontada de vergonha. Ele, diretamente envolvido, já tinha desistido várias vezes, enquanto Selena, mesmo sendo apenas uma ajudante, nunca recuou.

“Na verdade, já estamos bem perto da verdade, não é?” Selena tentou animá-lo mais uma vez.

Dr. Cruz assentiu com firmeza. “Então vamos para o aeroporto agora.”

Por sorte, Selena tinha vindo de carro. Ela dirigiu rápido, pegando as marginais sem pegar trânsito, e logo chegaram ao aeroporto. O problema era que o lugar estava lotado e eles não tinham ideia de qual seria o portão de embarque da estudante. Restou a eles andar de um lado para o outro, meio perdidos, como baratas tontas.

Ainda assim, deram sorte: viram a moça na fila do raio-x.

“Desculpa, não vamos te atrasar. Só queremos fazer umas perguntinhas rápidas.”

Ao ver Dr. Cruz, a expressão da mulher se fechou de imediato, mostrando desprezo.

“Não tenho obrigação nenhuma de responder nada pra você.”

“Por favor, pelo amor da minha esposa, só responde umas perguntas pra gente.”

Dr. Cruz praticamente implorou, mas ela parecia não querer papo.

“Senhora, você conhece a Sônia Barros?” Selena foi direto ao ponto.

Ao ouvir o nome de Sônia, a moça franziu as sobrancelhas.

Estava prestes a responder, mas se interrompeu, desconfiada: “Quem é você?”

“Me chamo Selena, sou um ano mais nova que você, me formei na Faculdade de Medicina do Hospital Universitário Solarna.”

Talvez por serem da mesma universidade, a estudante ficou um pouco mais tranquila.

Os olhos de Selena brilharam. “Você sabe o motivo dessa briga delas?”

“Eu realmente não sei. Só lembro que uma noite cheguei tarde no alojamento, queria passar na sala da Dona Pereira pra dar um oi, mas quando olhei pela janelinha...”— nesse ponto a moça hesitou, parecendo pensar se continuava ou não.

Selena percebeu a resistência e tentou insistir: “Na verdade, conheço bem a Sônia, ela é super dedicada ao trabalho, muito competente, às vezes fala de forma direta, mas é uma boa pessoa. Não acredito que o problema tenha sido só culpa dela.”

“Se não fosse culpa dela, por que ela se ajoelhou diante da Dona Pereira? Ela claramente fez algo errado, e quando a Dona Pereira viu, ficou com medo de ser denunciada e se ajoelhou pra pedir perdão.” A moça falou sem pensar.

“Ela chegou a ajoelhar na frente da Dona Pereira?” Selena ficou surpresa.

A estudante fez uma careta, percebendo que tinha falado demais.

“Olha, eu não sei o que aconteceu de fato entre elas. Não adianta continuar perguntando.”

Assim que terminou de falar, ela passou apressada pelo raio-x.