Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 746

Na verdade, isso até que era bom. Ela gostava da família dele, gostava da casa dele.

Se pudesse ser sempre assim...

Geovana sacudiu a cabeça, recusando-se a pensar mais sobre isso.

Ela e Raul estavam bem daquele jeito, sem precisar rotular o que tinham, sem responsabilidades, juntos quando queriam, separados quando não, os dois livres para ir e vir.

Geovana desceu para tomar café com Catarina e depois saiu para o trabalho.

Ela ainda tinha que ir ao polo audiovisual hoje. A obra já estava quase pronta, e o resort do Grupo Ortega também caminhava super bem — talvez no ano seguinte já estivessem abrindo as portas para os hóspedes.

Quando estava quase chegando no polo, Dona Quésia ligou dizendo que a mãe dela tinha aparecido em casa.

Geovana parou o carro no acostamento, surpresa: “Quem você disse?”

“Ela disse que é sua mãe, falou também que tinha avisado antes que vinha.”

Geovana franziu a testa imediatamente. Silvia realmente tinha vindo para Cidade Solarna? Dizia que veio visitá-la, mas só podia estar maluca. Elas já tinham cortado relações há anos e não se falavam há muito tempo.

Se Silvia estava em Cidade Solarna, com certeza tinha alguma segunda intenção.

Pensando nisso, Geovana respirou fundo, deu meia-volta e foi direto para a casa.

Assim que entrou no jardim, viu Eliseu brigando com outro menino. Os dois pareciam ter a mesma idade e altura, mas Eliseu era magro e o outro gordinho, então Eliseu estava levando a pior.

Ela viu o gordinho usar o peso para empurrar Eliseu, que bateu com força na parede.

Com o rosto sério, Geovana foi caminhando rapidamente até eles.

Mesmo assim, chegou tarde demais. Silvia saiu da casa e, sem dizer nada, deu um tapa no rosto de Eliseu.

“Seu moleque, como ousa encostar no meu filho? Quer morrer, é?”

Com os olhos cheios de raiva, Eliseu respondeu: “Foi ele que pegou meu brinquedo! Por que você me bate?”

“Que brinquedo seu, menino? Olha bem onde você está!”

“Eu...”

“Então pede para a Dona Quésia te levar ao parque na frente, vai brincar um pouco.”

Eliseu balançou a cabeça: “A vovó é muito brava, eu quero proteger você, tia!”

Geovana sorriu: “Relaxa, titia já está acostumada. Essa senhora aí não é perigo pra mim.”

“Sério?”

“Sério. Vai lá, não quero você envolvido nisso.”

Eliseu já estava crescido, entendia muita coisa, então não insistiu.

Depois que Dona Quésia saiu levando Eliseu, Geovana se virou para Silvia, que estava agora cheia de cuidados com o gordinho.

Silvia já estava perto dos sessenta, e aquele menino devia ter uns dez anos. E ela dizia que era filho dela!

“Parabéns, Silvia! Tá querendo imitar milagre, é?”