Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 245

As lembranças do passado surgiam uma a uma em sua mente. Só de pensar no rosto de Stella, o coração de Antônio doía, com pena daquela mulher de destino tão amargo.

Stella era como uma enorme pedra, pesando sobre o peito de Antônio, sufocando-o até quase tirar-lhe o fôlego.

Ninguém saberia dizer quanto tempo ele ficou andando de um lado para o outro no mesmo lugar. Só quando todas as luzes das janelas do andar de cima já estavam apagadas, Antônio entrou silenciosamente no carro. Seu rosto, de uma beleza quase inacreditável, tinha lábios finos e perfeitos, agora curvados num frio distante; o nariz alto e bem definido, os olhos negros e profundos como um redemoinho, agitando emoções inquietas, todo ele envolto numa densa aura de tristeza.

Com uma voz fria, ele ordenou ao segurança: “A partir de amanhã, peça para o Bruno arranjar um parceiro para você. Vocês dois serão responsáveis por protegê-la juntos!”

“Sim, senhor,” respondeu Carlos, o segurança, obediente, ajustando as mãos no volante enquanto o carro preto deixava o local.

“Quero um relatório diário dos passos dela. Proteja-a bem. Não admito nenhum erro. Se acontecer algo como hoje, não vou perdoar.”

Enquanto falava, Antônio emanava uma autoridade inata e um ar orgulhoso e gelado; sua presença era tão forte e perigosa que Carlos se assustou, gaguejando, “Me desculpe! Vou chamar alguém para me acompanhar, e a partir de hoje à noite vamos começar o modo de proteção — vinte e quatro horas sem parar, protegendo a senhora.”

Antônio franziu levemente a testa. “Só vou te perdoar desta vez porque você conseguiu descobrir o paradeiro dela rapidamente. No futuro, seja mais cuidadoso.”

De fato, assim que Stella entrou no táxi, o segurança na porta avisou imediatamente o Bruno. Bruno foi atrás de Carlos, que era o responsável por proteger Stella, explicou a situação e, no susto, Carlos checou as câmeras, identificou a placa do táxi, rastreou para onde Stella tinha ido e, sem perder tempo, informou Antônio discretamente.

Mesmo ocupado cuidando de Hera, Antônio não deixava de acompanhar os passos de Stella.

Stella já tinha se fundido à sua vida. Ele não sabia bem por que se importava tanto, mas tinha consciência de que jamais poderia deixá-la desamparada.