Casada com o Comandante romance Capítulo 1

"Ahn... Que chato... Mmm... Não pare... Não pare... Benjamin..." A voz feminina sensual movida pela luxúria ecoava por detrás da porta fechada, tornando a atmosfera carregada de paixão.

"Ah, querida, sua safadinha... eu te amo demais!"

Os murmúrios de uma conversa incessante entre um homem apaixonado e uma mulher a atingiram; como um raio sobre a cabeça de Willabelle Xavier.

Não, aquela era a voz inconfundível de Benjamin Somerset, seu querido namorado!

A mão de Willabelle parou no ar, tremendo incontrolavelmente. Por mais que tentasse, não ousou abrir aquela maldita porta.

"Oh Benjamin, eu também te amo demais... mas e o seu irmão mais velho? Você sabe que ainda sou noiva dele. Além disso, ele vai voltar amanhã, e se ele descobrir sobre nós dois, estarei ferrada, com certeza! "

"Não, tenho certeza de que isso não acontecerá. Independentemente do que ele diga, ele ainda é meu irmão mais velho. Além disso, você agora está grávida de mim e não tem ideia do quanto minha mãe anseia por um neto. Assim que ela souber sobre o bebê, com certeza fará o possível para nos ajudar a convencê-lo!"

"E a sua secretariazinha, Willabelle? Vocês dois não têm um noivado desde a infância ou algo assim? E ela?"

"Quem? Aquela bobinha? Ela nem chega a ser um problema! Se o pai dela não tivesse me doado a córnea, eu a teria mandado embora das Indústrias Somerset há muito tempo. Confie em mim, querida... Eu amo só você..."

À medida que a voz de Benjamin ia ficando mais baixa, mais ruídos carnais vinham de dentro da sala de estar, acompanhados por sons estridentes causados por muito... balanço.

Lentamente, lágrimas começaram a brotar dos olhos de Willabelle. Ela mordeu o lábio com força enquanto lutava para não chorar.

Benjamin Somerset. O namorado dela. Eles estavam no colégio quando ela começou a gostar dele. Desde então, já se passaram nove anos!

Nove anos! Cada palavra dita por ele, suas preferências e implicâncias bobas, seu estilo para se vestir, seus hábitos de vida cotidianos, seu tudo!

Willabelle o conhecia como a palma de sua mão!

Mas do que foi mesmo que ele a chamou, um momento antes? Uma bobinha? Bem, irônico, não? Ela é mesmo uma boba, uma menina muito bobinha mesmo, não é? Uma idiota faladeira, uma confusão ridícula. Willabelle pensou.

As lágrimas começaram a cair livremente, numa enxurrada salgada. Apesar das lágrimas, os lábios de Willabelle se curvaram em um sorriso. A dor em seu coração era tão grande que ela mal conseguia recuperar o fôlego!

"Benjamin Somerset!" Willabelle gritou em meio às lágrimas, histérica de dor. "Seu desgraçado! Como pôde fazer isso comigo?"

Após seu brado, os ruídos animados na sala de estar pararam abruptamente!

Um ou dois momentos se passaram e, lá de dentro, ouviam-se o farfalhar de pessoas se vestindo!

Depois de um tempo, Benjamin saiu da sala, com a expressão cuidadosamente transformada em calma. Ao ver Willabelle e seu rosto dilacerado pelas lágrimas, tossiu duas vezes e admitiu: "Willabelle, como você já sabe, não vou precisar falar de novo. Meus sentimentos por você sempre foram platônicos, como de um irmão, e a pessoa que eu realmente amo é a Jennifer. Se você quiser que eu compense tudo isso e a indenize, é só me dizer... "

"Vou te fazer apenas uma pergunta!" Grandes lágrimas caíram como contas de seus olhos, uma após a outra. Encarando o rosto que ela amou por nove anos, Willabelle tinha um último vislumbre de esperança.

"Certo, pode falar." Benjamin respondeu.

"Você me amou em algum momento? Nesses nove anos juntos, você chegou a me amar?" Willabelle perguntou com os olhos fixos em Benjamin, as mãos cerradas em punhos.

"..." Silêncio. Um silêncio sufocante.

"Você nunca... me amou?" Os olhos de Willabelle estavam cheios de desespero.

"Sim!" Benjamin disse com muita frieza.

PAF!

Willabelle deu um tapa no rosto dele com toda a ferocidade de uma mulher desprezada. As lágrimas voltaram a cair copiosamente.

"Benjamin Somerset. Nove anos. Nove anos em que eu gostei de você, e você nunca disse isso! Se tivesse me falado, pelo menos uma vez, eu não teria insistido nisso até agora! Se nunca teve nenhum sentimento por mim, por que diabos você esperou até hoje para que eu descobrisse a verdade? Por quê?" Willabelle exigiu, agarrando-o pelo colarinho!

Aquele homem tinha sido nada menos do que a sua fonte de felicidade por nove anos, um homem que ela amava profundamente com cada fibra de seu ser. Até aquele dia, ela não tinha ideia de que não significava absolutamente nada para ele.

Talvez a parte mais dolorosa fosse que, mesmo naquele momento, ela ainda tivesse um vislumbre, uma lasquinha de esperança de que ele estivesse apenas brincando.

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