Casada com o irmão do meu namorado romance Capítulo 29

Quando meu corpo colidiu com o dele, o tempo parecia desacelerar.

Dei um suspiro, e meus sentidos foram inundados por uma mistura de surpresa e vergonha.

Havia um silêncio completo na sala.

Como era possível eu acabar sentada em seu colo?

Eu o encarei lentamente. Imediatamente, quando seus olhos penetrantes e negros se fixaram nos meus, senti um arrepio percorrer minha espinha. O mundo parecia desaparecer ao fundo, e as únicas pessoas presentes naquele momento éramos nós dois. Era como se o tempo tivesse parado.

Seus olhos eram firmes, e penetravam as profundezas da minha alma, revelando os mistérios que estavam escondidos dentro de mim.

Quando estava prestes a me mover de seu colo, uma onda de força inesperada me envolveu. Ele jogou o cigarro, que estava em sua mão, e envolveu minha cintura com seus braços musculosos, me segurando firmemente no lugar.

Eu o encarei chocada.

Conseguia sentir sua respiração quente acariciando gentilmente meu rosto. Meu coração começou a bater forte no peito, e me vi sem fôlego.

— É só o seu primeiro dia, e já está tentando me seduzir? — Ele me perguntou com um tom frio.

Balancei a cabeça em resposta. Com isso, nossos narizes se tocaram. Foi nesse momento que percebi que nossos rostos estavam muito próximos.

Afastei minha cabeça e disse:

— Eu-eu n-não q-queria fazer isso.

Ao me ouvir, seus braços me puxaram para mais perto. Uma onda de sensações eletrizantes percorreu meu corpo.

O que estava acontecendo comigo?

Havia uma chama que ardia silenciosa e diligentemente há uma eternidade, e parecia que seu abraço tinha o poder de acendê-la.

— Pare de fingir que é inocente. Eu não sou o Bruce, que acreditaria em sua atuação.

A forma como ele falava comigo me fazia sentir completamente o oposto do que estava experimentando dentro de mim naquele momento.

Por que eu estava sentindo algo por esse homem que nunca havia sentido por ninguém antes?

Era difícil para mim compreender o turbilhão de emoções que haviam tomado conta do meu coração.

Não. Eu não posso. Eu disse a mim mesma.

Antes que a fascinação enigmática por esse homem me cativasse, eu deveria parar de sentir assim.

Coloquei minhas mãos em seu peito.

— Desculpe, Alfa.

Assim que eu estava dizendo isso, coloquei pressão em seu peito para me levantar. Estava tão perto de alcançar meu objetivo, mas as circunstâncias poderiam ter trazido minha ruína hoje.

Porque no momento em que tentei me levantar, meus saltos altos torceram, e eu caí em seu colo novamente.

Ouvi um gemido sair de sua boca. Isso me fez sentir envergonhada e constrangida.

— Eu-eu estou mesmo mu-muito...

— Cale-se.

O tom de sua raiva me fez estremecer. Baixei a cabeça com medo. Não queria olhar para seu rosto feroz.

Naquele momento, alguém bateu na porta.

Meus olhos se arregalaram. Ergui a cabeça e o olhei. Dessa vez, ele segurou minha cintura com mais firmeza.

Ele arqueou a sobrancelha e perguntou,

— O quê? Do que você tem medo? Não teve coragem de me seduzir? Agora, por que está pensando nos outros? Será que a Srta. Berge está tentando manter uma reputação positiva diante dos outros?