Casada com o irmão do meu namorado romance Capítulo 6

Meus olhos começaram a se encher de lágrimas. Eu não conseguia respirar. Dei um tapinha em sua mão, mas ele não parecia disposto a me deixar ir.

Senti como se fosse a hora da minha morte. Ele realmente me mataria antes de me aceitar.

Eu não era gananciosa. Eu sabia que ele tinha sentimentos por outra pessoa. Ela estava com ele no salão, e talvez ele já tivesse usando o anel com o nome dela.

Dei uma olhada rápida em sua mão esquerda. Não havia anel no dedo anelar. Ele cancelou o noivado?

Quanto a mim, eu também não queria ser a destruidora de lares.

Amaldiçoei meu destino por me colocar naquela situação, onde a morte era a única saída.

Se ele me rejeitasse, eu morreria de qualquer maneira. Fechei os olhos e esperei a morte me abraçar.

Naquele momento, ele removeu a mão do meu pescoço. Senti como se um sopro de ar tivesse sido empurrado em direção à minha boca, enquanto eu respirava.

Comecei a tossir e caí no chão.

Levantei cuidadosamente o olhar para olhá-lo.

Ele estava me encarando.

— Você tem sorte de ser irmã do meu Gamma. — ele disse.

Meu irmão contou a ele? Ou Bruce? Como ele ficou sabendo disso?

Então me lembrei que quando desmaiei ontem, meu irmão me levou para casa. Ele deve ter descoberto naquela hora.

Estava respirando fundo. Procurei água, mas não consegui encontrar um copo.

Ele se inclinou e segurou meu queixo.

— Você ousou destruir o que meu pai conquistou a vida toda.

Eu o encarei de forma impotente.

— E-Eu não tive outra escolha a não ser ir a v-você.

Tentei fazê-lo entender que não estava em minhas mãos.

Sua pegada quase quebrou meu queixo. Ele inclinou a cabeça.

— Por isso você planejou aparecer na frente de todos os convidados da minha alcateia. Porque achou que era a hora certa de conquistar tudo.

— N-Não.

— Você poderia ter esperado. Poderia ter vindo a mim, não na frente de todos. Mas você escolheu o oposto. Ao reivindicar a coisa da companheira, você chamou a atenção de todos, para que eu não pudesse te rejeitar.

Eu o encarei. Ele queria dizer que teria me rejeitado se eu não tivesse dito aquilo na frente dos outros? O que teria acontecido depois?

Eu morrerei se ele me rejeitar, certo?

Assenti para ele.

— Me rejeita.

Ele afrouxou a pegada. Bryan parecia atordoado com minhas palavras. Mas então seus olhos se tornaram escuros.

— Que mulher pretensiosa você é! Você nunca teria entrado no salão em primeiro lugar, se realmente quisesse uma rejeição.

Ele soltou meu queixo e se levantou. Foi em direção à porta e a abriu.

— Eu também não quero você. Apenas me rejeite. — Eu falei. Não queria passar por mais humilhação.

Ele virou a cabeça para mim. Seu olhar me fez baixar a cabeça. Não havia como evitar me submeter completamente a ele.

— Alpha.

Ouvi a voz do meu irmão.

Saltei para os meus pés e corri em direção à porta, quase colidindo com o corpo de Bryan, que ainda estava parado na porta.

— Leve sua irmã e saia da minha casa de alcateia. — Bryan disse a Abraham com um tom frio.

Abraham parecia atordoado.

— Não consigo entender, Alpha.

— Não quero ver o rosto dela. E você está demitido do seu emprego.

Abraham não teve a oportunidade de dizer uma única palavra. Bryan foi para as escadas e desceu.

Eu estava horrorizada. Olhei para Abraham.

— Irmão.

— O que você fez? Por que ele está tão bravo? Por que você está no quarto dele? Eu disse para você ficar no salão.

Eu podia ver que ele estava surpreso com aquela declaração.

Contei a ele a verdade. Contei o que Bruce havia feito. Contei que Bryan era meu companheiro. Contei tudo.

Ele ficou chocado.

— O que você está dizendo?

— É verdade, irmão.

Não era apenas sua posição, mas seu sonho. Era seu prestígio na alcateia.

— Vou tentar falar com ele, mãe. — Ele baixou a cabeça.

— Você é o Gamma dele. Ouvi dizer que os oficiais são como amigos do Alpha. Tente resolver as coisas com ele.

Meu irmão não contou a ela sobre mim. Minha mãe morreria se ouvisse a verdade.

Me virei, enxugando as lágrimas. Não podia permitir que isso acontecesse. Era tudo culpa minha que as coisas estavam dando errado.

Depois de sair do hospital da alcateia, peguei um táxi para ir para a casa da alcateia.

Quando cheguei à casa da matilha, já era tarde da noite. Toda a área da casa da matilha estava vazia, como se todos os hóspedes tivessem partido.

Tentei entrar na casa, mas os guardas me impediram.

— Eu preciso falar com o Alfa.

— Não podemos deixar você entrar.

— Eu sou a irmã do Gamma Abraham. Diga a ele que preciso falar com ele.

Depois de entrar por um minuto, um deles voltou para fora.

— Ele disse que o Gamma Abraham e sua família não são permitidos na casa da matilha. Você pode ir embora.

Recusei-me a ir e fiquei do lado de fora. Pedi aos guardas, e quase implorei a eles.

Mas eles disseram que era ordem do Alfa, então eu teria que sair.

— Diga a ele que não vou sair até que ele fale comigo.

Decidi ficar do lado de fora da casa da matilha.

Muito tempo passou, mas não havia sinal do Alfa Bryan. Senti minhas pernas fraquejarem. Esqueci de pegar meu telefone. Minha mãe e Abraham devem estar preocupados comigo.

Quatro horas se passaram desde que eu estava lá em pé. Não conseguia mais sentir minhas pernas. Estavam dormentes.

O sol estava nascendo, quando de fora, meu olhar foi para o segundo andar.

Fiquei sem ar quando vi Bryan parado na janela.

Ele estava me encarando.

Nesse momento, um guarda se apressou até mim e disse:

— O Alfa está te chamando para dentro.