Casado à Primeira Vista romance Capítulo 1248

Paulo reservou um canto.

Depois que se sentaram à mesa, ele virou a cabeça e acenou para o garçom, que prontamente o entregou o cardápio.

O garçom ficou confuso, pensando, 'O Sr. Paulo vem aqui todo dia. Pra que ele quer o cardápio?'

Paulo não estava nem aí pro que o garçom estava pensando. Abriu o cardápio, leu em voz alta os nomes dos pratos e os preços para Núria, deixando que ela escolhesse.

"Pode escolher o que quiser, Sr. Paulo."

A conta seria por conta da Núria, e depois ela disse para ele pedir o que tivesse vontade.

"Você só trouxe uns trocados. Estou preocupado que o que eu peça seja caro demais."

Núria ficou calada antes de falar, "Você não disse que podia me emprestar a grana?"

Paulo deu risada. "Disse sim, mas parece que você não tá a fim de ficar me devendo. Vamos pedir uns pratos mais em conta."

Núria não fez objeção enquanto ele listava mais opções que não eram muito salgadas.

O garçom anotou os pedidos e disse, respeitoso, "Por favor, aguardem um momento."

Paulo falou, "Sem pressa. Não tenho planos pra depois, então não tem problema se demorar."

Núria pensou consigo mesma, 'Você pode não estar com pressa, mas eu estou.'

Mas como era ela quem estava pagando, não podia expressar isso.

Depois que o garçom se afastou, Paulo perguntou, "Como vão os negócios ultimamente?"

"Tão indo."

"A concorrência é forte. De onde você tá trazendo as mercadorias?"

Núria perguntou, "Pra que quer saber de tudo isso, Sr. Paulo? Você também tá pensando em abrir uma floricultura?"

"Eu estava pensando em te ajudar a encontrar um fornecedor mais barato pra você lucrar mais."

"Obrigada, mas já trabalho com meu fornecedor há muitos anos, e ele sempre me deu um bom preço." O fornecedor dava um preço de camarada depois que soube que ela era cega.

Eles trabalhavam juntos há anos e Núria não tinha intenção de trocar de fornecedor.

Além do mais, se aceitasse a oferta dele, ficaria devendo um favor.

Ele já tinha ajudado com dois pedidos enormes e ela estava retribuindo com aquele almoço. Não queria acumular uma outra dívida logo depois de ter quitado uma.

O mais importante é que eles não tinham intimidade.

Até então, ela ainda não entendia o que Paulo queria com ela.

Ela era só a filha mais velha da família Águas nos documentos. Todo mundo sabia que ela era tratada até pior que uma criada. Não existia vantagem nenhuma para o Paulo se aproximar dela.

"Que bom."

Paulo pensou em pedir ao caseiro que cuidava das flores e plantas na mansão para entregá-las a ela cobrando apenas uma mixaria. Mas ele sentiu que ela com certeza recusaria. Já que ela queria manter o mesmo fornecedor, ele não insistiu.

"Sr. Paulo, posso fazer uma pergunta?"

"Claro."

"Por que você quer me ajudar?"

Paulo sorriu. "Tente adivinhar."

Núria falou sinceramente, "Tentei e não consigo."

"Se não consegue adivinhar, tudo bem. De todo jeito, não quero te fazer mal."

Núria ficou em silêncio por um instante e disse, "Mas eu não quero ficar te devendo favores."

Eles não tinham nenhum tipo de parentesco. Ele com certeza tinha segundas intenções ao ajudá-la, mas se recusava a dizer quais eram.

Núria não gostava dessa sensação de estar na palma das mãos dele.

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