Casado à Primeira Vista romance Capítulo 1863

Paulo disse gentilmente: "Lázaro também se arrepende do que falou. Dá um tempo pra ele, Nuria. Ele vai crescer e começar a entender você."

Os pais e a irmã de Lázaro tinham ido para a cadeia em parte por causa de Nuria. Era normal que ele encontrasse dificuldades para aceitar a verdade. Afinal, ele tinha apenas dezessete anos. Não tinha sido moldado pela sociedade e não era capaz de processar tanto choque.

Nuria não disse uma palavra.

Paulo a acompanhou em um passeio pelo jardim. O humor de Nuria melhorou muito enquanto caminhavam pela trilha sombreada com a brisa fresca acariciando-os e ouviam os transeuntes conversando.

Ela se sentia chateada, mas não guardava ressentimentos contra o irmão.

Ela nem queria esclarecer o mal-entendido e a reclamação do irmão.

Quando a suspeita surgia e faltava confiança em alguém, não se acreditava nas palavras da outra pessoa, não importava quanta explicação fosse dada. Isso seria o caso a menos que um esforço fosse demonstrado e a promessa cumprida com ações concretas.

Depois que Lázaro se formasse na universidade, Nuria o deixaria trabalhar na Empresarial Águas. Se o sucesso ou fracasso estavam em seu destino, dependeria dele. Ela estaria disposta a entregar a Empresarial Águas para ele, se ele se mostrasse uma pessoa capaz.

Nuria era cega. Era inconveniente para ela administrar a empresa.

Ela simplesmente queria justiça, vingar seu pai e herdar os bens que pertenciam a ele.

Por exemplo, seus avós tinham deixado a vila da família Águas para o pai dela, que por sua vez deixou um testamento que todos os seus bens iriam para sua única filha. Portanto, a vila era de Nuria.

Era dela, mas alguém a tirou à força. Ela estava disposta a suportar toda humilhação para ter a casa de volta em seu nome. No futuro, ela seria a tomadora de decisões final sobre tudo a respeito da vila.

Nuria não tentava tomar o que não era seu, como as vilas que eram do tio. Essas pertenciam a Lázaro e Camila.

...

Quando era jovem, percebeu que seu irmão era diferente. Ele fazia xixi em pé enquanto seu irmão se agachava. Ele até perguntou ao irmão sobre isso uma vez.

Seu irmão nunca explicou. Depois daquele incidente, no entanto, proibiu-o de segui-lo até o banheiro. O irmão e a irmã tinham apenas cerca de dois anos naquela época.

Sr. Laris não se lembrava mais daquele assunto. Foi sua mãe quem lhe contou.

Quando o Sr. Laris começou a frequentar a escola primária, ele lentamente entendeu que não tinha um irmão enquanto crescia. Em vez disso, tinha apenas uma irmã. Contudo, estava acostumado a tratá-la como se fosse seu irmão, pois ela tinha uma aparência muito masculina.

Nunca a tinha visto com cabelos longos ou vestindo uma saia.

Portanto, como seu irmão gêmeo, ele nem mesmo sabia como ela pareceria se voltasse a se identificar como mulher.

Ela seria, sem dúvida, deslumbrante.