Casado à Primeira Vista romance Capítulo 3696

O Sr. Esquivel murmurou suavemente. Ele fez uma reverência em direção à casa principal, uma reverência longa e profunda, depois se levantou e se virou para partir. Seus subordinados, confusos, o seguiram para fora. Assim que saíram da mansão, o Sr. Esquivel entrou sozinho em seu carro, dispensando-os de acompanhá-lo, e partiu, desaparecendo na noite.

Com a chegada da escuridão, encerrava-se a hora mais sombria, dando lugar à luz.

Era um novo dia. A notícia do suicídio de Belinda dominava toda a mídia em Riona. Inúmeras reportagens circulavam sobre seu passado, detalhando como ela havia prejudicado suas irmãs. Também surgiram especulações sobre seu ciúme em relação a Tessa e seu amor não correspondido por Sr. Moura, o assistente de Tessa, o que teria a levado a trair sua família.

A cidade inteira comentava o assunto. Todos os membros da família Eduardo recebiam questionamentos de amigos e conhecidos, enquanto a Empresarial Eduardo também estava tomada por inquietação. Ivana anunciou uma semana de recesso no grupo de mensagens do trabalho, instruindo a diretoria a avisar todos. A empresa inteira entraria em licença, pois ela precisava cuidar do funeral da mãe.

Agora que Belinda estava morta, Andréa e os demais não tinham intenção de cobrar nada de Ivana. Suas dívidas eram responsabilidade apenas dela.

Quanto a Ireneu, que havia sido baleado, foi salvo após ser levado ao hospital e sobreviveu. Ao acordar e receber a notícia da morte da esposa, ele não sentiu o alívio que esperava.

Mesmo que guardasse ressentimentos profundos contra Belinda, eles haviam sido casados por décadas e tinham quatro filhos juntos. Ele realmente nutrira sentimentos sinceros por ela, mas Belinda sempre fora dominadora demais. Ele só a traiu porque, após tantos anos, já não suportava mais, o que resultou no colapso total do relacionamento. Sentado, Ireneu parecia ter envelhecido dez anos de uma só vez, perdido em seus pensamentos, com as lágrimas rolando sem parar pelo rosto.

Adriano e seus dois irmãos sabiam que, com a morte da mãe, tudo chegava ao fim, e providenciaram alguém para vigiar o pai no hospital antes de voltarem para casa e ajudar Ivana com os preparativos do funeral.

No dia seguinte ao enterro de Belinda, Ivana recebeu a notícia da morte do Sr. Esquivel. Ele havia invadido o cemitério privado dos Eduardo durante a noite e cometido suicídio diante do túmulo de Belinda. Desde o momento em que fora designado para Belinda, seu destino estava selado. Em vida, foi seu servo eterno; na morte, sua sombra. Esse era o propósito de vida do assistente da matriarca.

O Sr. Esquivel não era um Eduardo, então Ivana providenciou seu enterro em um dos cemitérios públicos de Riona, optando por não sepultá-lo ao lado do cemitério privado dos Eduardo, pois sentia que ele havia cometido erros demais em nome de sua mãe e poderia incomodar seus ancestrais com sua presença.

Enquanto isso, na Mansão dos Reis, restavam apenas Andréa e alguns mais velhos na sala de estar. Os dois chefes, Geraldo e Mauro, já tinham saído discretamente, cada um ocupando um quiosque diferente no jardim para conversar ao telefone com suas esposas.