Casado à Primeira Vista romance Capítulo 3784

Augusto imediatamente se arrependeu de ter trazido os meninos com ele. Esforçou-se ao máximo para se lembrar se alguém tinha visto seus rostos quando saíram; pelo menos, ele achava que não.

Os dois meninos ainda eram muito novos e ficaram sentados no banco de trás do carro. Ele dirigia um Mercedes preto e, enquanto os dois não abaixassem os vidros, ninguém conseguia vê-los enquanto o carro passava rápido. Depois de entrarem no prédio da Empresa Costa, não havia mais ninguém por perto desde o momento em que saíram do carro até entrarem no edifício de escritórios.

Só quando Augusto teve certeza de que ninguém tinha conseguido ver claramente os meninos, ele finalmente se sentiu aliviado. Prometeu a si mesmo que, por mais que eles implorassem no futuro, não os levaria para fora novamente sem pensar.

Antes de seus próprios irmãos entrarem na sociedade, a família os protegia com bastante cuidado, e era muito difícil que o mundo externo conseguisse fotos nítidas deles também. Quando estavam prontos para adentrar o mundo dos negócios e, oficialmente, enfrentar suas águas turvas, a avó os levava a alguns jantares e começava a apresentá-los ao público. Nessa época, já eram adultos com alguma experiência social e capacidade de se protegerem sozinhos.

Os três subiram direto pelo elevador até o último andar, chegando rapidamente à porta do escritório da diretoria. Sem conseguir esperar, Luís bateu na porta para entrar. A secretária de Isabella havia acabado de chamá-la pelo interfone e ainda não tinha tido tempo de conduzi-los para dentro quando Luís já entrou apressado. Sabendo que Augusto era o chef particular de Isabella e frequentemente trazia comida para ela, a secretária não interveio, deixando que os três entrassem um após o outro.

Os dois meninos entraram e, felizes, chamaram: “Isa, Kizia!”

Assim que Augusto entrou, fechou imediatamente a porta do escritório, bloqueando os olhares curiosos do lado de fora.

“Por que vocês dois estão aqui?” Kizia pareceu surpresa ao ver os meninos entrando. Levantou-se e se virou bem na hora em que Orfeu correu até ela, abraçando suas pernas e olhando para cima com um sorriso doce enquanto dizia seu nome.

Kizia sempre fora muito carinhosa com o irmão mais novo. Quando ele a chamava daquele jeito, seu coração se derretia. Ela se abaixou e pegou Orfeu no colo.

Isabella suavizou a expressão, mas ainda disse aos dois meninos: “Vocês não podem sair por aí com o Augusto sem pensar. E se alguma pessoa má reparar em vocês?”

Augusto apertou os lábios antes de responder: “Senhorita O'Mariano, já fiz treinamento de autodefesa. Sei protegê-los.”

Isabella olhou para ele, trocando novamente o semblante gentil pela seriedade. Disse: “Mesmo que você saiba protegê-los, não deve levá-los para fora assim, tão facilmente. Normalmente, só deixamos eles saírem se tudo estiver planejado com antecedência. Costumam brincar em casa mesmo. O jardim da família é grande o bastante para eles.”

Augusto desculpou-se: “Eu não pensei direito. Eles disseram que estavam com saudades das irmãs e quiseram vir comigo. Perguntei à Dona Delfina e ela concordou, então não pensei muito. Senhorita O'Mariano, me desculpe.”