Embora a empolgação fosse geral, isso não impediu as fofocas sobre o chefão. De repente, o foco da especulação era se ele participaria de tal evento.
Enquanto seus colegas debatiam a questão, Karen também pensava em Kevin, que estava viajando a negócios naquela semana. Ela não o via há vários dias e se perguntava quando o marido voltaria.
Embora ligasse para ela pontualmente todas as noites, o relacionamento não havia chegado ao ponto em que pudessem compartilhar muito. Na maioria das vezes, a conversa era tomada por um silêncio de ambos os lados.
Enquanto isso, no grupo dos funcionários, alguém iniciou um banco de apostas. A aposta era se o chefe participaria do evento, e cada participante faria uma aposta de US$500. O valor não era tão alto, então, em pouco tempo, dezenas de pessoas estavam participando da aposta. Os votos eram quase todos iguais.
May e William perguntaram ao mesmo tempo: "Karen, quer apostar nisso?"
Ela pensou rapidamente. Ainda que Kevin fosse frio e distante, era a primeira vez que a empresa organizava um evento tão grande depois que ele assumiu o cargo, e era um destino tão luxuoso. Imaginando que Amelia agiu sob suas ordens, Karen apostou na participação de Kevin.
Quando estavam quase saindo do trabalho, Karen recebeu um telefonema de Kevin. Ela sabia que ele acabara de voltar de uma viagem de negócios, então foi ao supermercado e comprou alguns mantimentos e lanches para a viagem do dia seguinte.
Quando chegou em casa, Kevin ainda estava ocupado no escritório. Depois de cumprimentá-lo, Karen foi até a cozinha preparar o jantar.
Durante o jantar, Kevin continuou sem dizer uma palavra enquanto comia graciosamente.
Após observá-lo por toda a noite, Karen finalmente se aventurou a perguntar: "Kevin, você vai participar das atividades da empresa amanhã?"
Kevin pareceu não ouvir a pergunta, e continuou a comer em silêncio. Karen, um pouco envergonhada por não obter resposta, voltou a comer, cabisbaixa.
Depois de algum tempo, Kevin largou os talheres, limpando a boca com um guardanapo e respondeu casualmente: "Não estou interessado nessas atividades."
Apesar de não dizer diretamente, era óbvio que Kevin não queria ir.
"Oh..." Karen sussurrou com a voz cheia de deceção.
Vendo seu olhar desapontado, Kevin disse repentinamente. "O que foi? Você quer que eu vá?"
Karen coçou a cabeça e deu uma risadinha, pensando: "Não me importo se você for ou não. O que me interessa são os U$500 que apostei."
Sob o lustre brilhante, Kevin arqueou ligeiramente as sobrancelhas. Já que ela queria que ele fosse, como seu marido, ele faria esse esforço.
No dia seguinte, Karen levantou-se muito cedo, mas Kevin havia se levantado mais cedo ainda. Apesar de morarem juntos há algum tempo, por mais cedo que ela se levantasse, Kevin sempre estava arrumado quando ela acordava, sentado perto da janela, lendo o caderno financeiro do jornal.
Às vezes, ela sentia que Kevin não parecia viver na mesma época que ela. Sua rotina diária era extremamente incomum. Todos os dias, dedicava algum tempo a ler o jornal, em vez de, como a maioria, informar-se pela internet.
"Bom dia!" Ele a fitou por um momento, então retornou para o jornal.
"Bem, bom dia!" Karen o encarou e, de repente, não conseguia desviar seu olhar.
Ele usava um terno casual branco e estava sentado calmamente na poltrona perto da janela. Suas longas pernas esguias cruzadas casualmente. O sol da manhã tocava suavemente sua pele pela janela, deixando-o ainda mais bonito.
Este homem não era humano, parecia mais uma obra de arte que as pessoas queriam colecionar.
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