"Olá." Antes que Karen pudesse continuar, a pessoa à sua frente a pegou de surpresa, deixando-a sem palavras por um momento.
Ken não estava sozinho. Havia outro homem alto em um terno preto.
Ele parou diante da grande janela francesa, com as mãos para trás, e olhou gentilmente para ela.
Os dois se entreolharam em silêncio, sem desviar o olhar.
Três anos haviam se passado, e Karen pensava que não se assustaria ao encontrá-lo novamente, mas estava enganada.
Vendo aquele rosto antes tão familiar, todas as memórias ruins inundaram seu coração, rasgando implacavelmente sua cicatriz recém-curada. Foi como se o sangue fluísse lentamente de seu coração.
Ela queria se virar e ir embora, mas a intensa dor do passado a arrastava com tanta força que não conseguia se mover. Só conseguia encarar o homem à sua frente.
Depois de se olharem por um longo tempo, ele deu um passo e caminhou em sua direção e disse-lhe sorrindo: "Gerente Black, esta deve ser a Srta.Daly que você está elogiando."
Ouvir a voz daquele homem, especialmente as palavras "Srta.Daly", foi como um golpe em sua mente, uma experiência extremamente séria.
"Sim, Charlie." Ken balançou a cabeça repetidamente e disse: "Srta.Daly, este é Charlie Gook, da família Gook. Ele quer ouvir sua opinião sobre este projeto."
Karen cerrou os punhos e sua voz falhou, mas tentou manter seu sorriso profissional. "Olá, Sr. Gook!"
Embora tivesse feito o possível para manter seu comportamento profissional, sua voz ainda estava trêmula.
Ken acrescentou: "Ouvi do gerente Olsen que a Srta.Daly se dedicou muito para se preparar para este caso. Por favor, compartilhe conosco."
"Sr. Black, estou lisonjeada." Sua voz falhou novamente. Karen abriu seu laptop, tentou ignorar a existência do outro homem e começou a compartilhar suas opiniões sobre o projeto de maneira séria.
Durante sua explicação, sentiu um olhar ardente encarando-a, mas optou por ignorá-lo.
Enquanto falava, a secretária entrou e chamou Ken, mas Karen não percebeu. Quando finalmente se deu conta, estava apenas ela e Charlie Gook no escritório.
Não havia mais ninguém por perto. O sorriso no rosto de Karen desapareceu instantaneamente. Ela levantou-se e saiu sem se despedir.
O homem moveu-se mais rápido de que ela. Estendeu o braço comprido e puxou-a para seus braços, segurando-a com força. Chamou seu nome com afeto do fundo de seu coração, "Karen..."
Ela lutou para se livrar de seu abraço. Cerrou os punhos e fechou os olhos. Quando os abriu novamente, seus olhos estavam cheios de indiferença. "Senhor, por favor, comporte-se."
Ao dizer isso, virou-se e, prestes a sair,o homem estendeu a mão e agarrou seu pulso novamente. "Karen, já se passaram três anos. Você ainda me culpa?"
Ela queria se livrar dele, mas ele a segurava tão forte que seu pulso doía,não conseguia se disvencilhar dele.
Karen respirou fundo, suportou a dor de partir o coração e disse friamente: "Senhor, por favor, deixe-me ir ou precisarei ser mais firme."
O homem ignorou suas palavras ameaçadoras e disse afetuosamente: "Karen, sente-se e vamos conversar."
"Solte-me." Karen mordeu o lábio, virou a cabeça e piscou, tentando conter as lágrimas que escorriam de seus olhos.
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