Casados à Primeira Vista romance Capítulo 36

Kevin ficou muito satisfeito com a resposta de Karen. Estavam em público, mas ele acariciou a bochecha dela e beijou seus lábios com delicadeza.

Ao ser observada pelas pessoas ao seu redor, Karen ficou com muita vergonha. Ela empurrou-o, mas ele puxou-a com ainda mais firmeza, de modo que seus corpos ficaram colados.

Kevin geralmente era gentil e refinado, e seus gestos, requintados e elegantes, mas tinha muita força. Não dava para empurrá-lo de jeito nenhum.

"O que tem de errado com ele? Será que andava estressado ultimamente?" Karen pensou. O comportamento dele mudava o tempo todo, o que fazia com que ela fosse incapaz de entendê-lo.

Quando Karen estava ficando com tanta vergonha a ponto de querer se esconder em algum lugar, Kevin finalmente a soltou e disse: "Bom, esse é o meu presente para você."

Seu coração estava confuso. Ela sentiu-se desanimada. Esse presente não valia nada. Se ele quisesse expressar sua gratidão por mim de verdade, pensou Karen, poderia simplesmente me dar presentes mais úteis.

Contudo, quando virou a cabeça e viu os olhares furiosos das pessoas ao longe, não pensou mais assim. Em vez disso, mergulhou de novo nos braços de Kevin.

Este homem era marido dela. Ela podia demonstrar seu amor por ele sem precisar se preocupar com o que os outros pensariam, especialmente Madonna.

Ao ver Karen jogar-se em seus braços, Kevin aproveitou a oportunidade para abraçá-la e sussurrou: "Hoje a noite é só nossa. O que mais você quer fazer?"

"Deixa me ver." Karen ergueu a cabeça e pensou sobre o que mais poderia fazer com ele.

Nesse momento, o telefone pessoal de Kevin tocou e ele disse:"Aguenta firme. Vou atender essa ligação primeiro."

A mulher concordou, "Claro."

Kevin caminhou para o lado e atendeu o telefone. Karen olhou ao redor e viu uma loja que vendia suco feito na hora. Foi comprar dois copos de suco de laranja.

Depois de fazer o pedido e pegar por ele, viu o marido correndo em sua direção e desculpando-se: "Karen, eu tenho que resolver um assunto sério. Não posso ir fazer compras com você, mas antes,vou pedir para alguém te levar para casa."

Kevin sempre foi muito ocupado e Karen sabia disso. Disse, pensativa: "Vai fazer o seu trabalho. Posso pegar o metrô ou um táxi de volta sozinha."

Kevin não respondeu. Pegou o telefone e ligou para Nick. Deu o endereço de forma clara e pediu que levasse Karen embora.

Quando desligou, disse: "Talvez eu não volte hoje à noite. Vai para casa e descansa. Não me espera. E, o mais importante, não se encontra com Charlie de novo."

Karen fez que sim. Antes que pudesse dizer alguma coisa, Kevin já tinha saído depressa. Essa era a primeira vez que Karen o via tão ansioso desde que o conheceu.

O que tinha acontecido para fazê-lo ir embora com tanta pressa?

Ela só conseguia pensar em Charlie. Ao se lembrar de suas palavras e de seus olhos naquela tarde, ficou inquieta e desorientada.

Pegou o celular com rapidez e ligou para Kevin, mas o telefone dele estava ocupado fazia tempo e continuava assim, embora ela tivesse ligado várias vezes.

"Sra. Kyle, vou levar você para casa." Pouco tempo depois, Nick chegou.

Karen desligou o telefone e já foi perguntando: "Assistente Especial Nick, o que aconteceu com o Kevin? O Charlie, da família Gook, fez alguma coisa com a Innovative Tech de novo?"

Nick disse: "O diretor Kevin vai ficar bem. O Sr. Gook não pode fazer nada com a Innovative Tech. Não precisa se preocupar."

Nick era a pessoa em que Kevin mais confiava. Karen sabia que não tinha chance de obter qualquer informação específica dele se Kevin tivesse pedido que não compartilhasse nenhum detalhe.

Disse a si mesma para acreditar em Kevin mais uma vez, ele era capaz de lidar com Charlie, mas, ainda assim, estava preocupada.

"Jovem Mestre, o elevador está aqui." Disse o homem com cautela.

Kevin olhou em volta, subiu com o homem até o terceiro andar e se dirigiu de imediato para a sala VIP chamada Spring Hall.

Para ele, aquele tipo de lugar estava cheio de germes por toda parte. Queria poder prender a respiração enquanto estava ali.

O homem que o guiava tinha crescido com a família Kyle, então era natural que soubesse da misofobia de Kevin. Deu um passo à frente e abriu o caminho. "Jovem mestre, a Polaris está aí dentro."

A porta abriu-se e Kevin respirou fundo. Se não tivesse sido bem educado, com toda certeza correria e jogaria aquele bando de homens para fora.

No centro da sala, havia uma mulher com maquiagem pesada, vestindo um colete revelador e hot pants enquanto dançava perto de um homem.

Vários outros homens estavam inquietos no sofá da sala. Alguns assobiavam enquanto outros gritavam. Os seus olhos brilhavam como os de lobos famintos.

Kevin tirou o paletó e aproximou-se. Puxou a mulher seminua e colocou o casaco nela. Disse friamente: "Você sabe o que está fazendo?"

A mulher semicerrou os belos olhos amendoados e passou os braços em volta do pescoço dele, "Leo, por que você está aqui?"

Ao dizer isso, ela riu e complementou: "Você veio me ver dançar também? Vou dançar para você agora."

Kevin afastou a pequena mão dela e a pegou no colo. Não queria mais falar com ela.

"Meus amigos, vou embora. Brinco com vocês outro dia." Nos braços de Kevin, a mulher ainda tentava mandar beijos para vários homens na sala.

Kevin fez uma careta furiosa e agarrou as mãos dela. Ela não conseguia mais se mexer.