Casados à Primeira Vista romance Capítulo 5

De qualquer forma, ela sentia que ainda não estava pronta para aceitá-lo.

Pensando nisso, sentiu seu coração acelerar e dificuldade para respirar.

Demorou meia hora para sair do banheiro. Encontrou um conjunto de pijamas de mangas compridas e se cobriu toda.

Quando voltou para o quarto e não o viu ali, não pôde deixar de suspirar de alívio. No entanto, antes que sua respiração voltasse ao normal, ele retornou.

Havia um leve cheiro de cigarro nele. Provavelmente tinha ido fumar na varanda. Ele não escondia que fumava, mas por consideração não o fazia quando ela estava por perto.

"Vá dormir." Kevin foi até a cama e se deitou do lado direito, deixando o lado esquerdo para Karen.

"Oh, tudo bem..." Ela estava tão nervosa que ficou sem palavras e as palmas das suas mãos suavam.

Subiu no outro lado da cama e deitou-se ao lado dele.

A cama grande tinha dois metros de largura. Ainda havia uma grande distância entre eles, mas ela apenas sentia a masculinidade dele a sufocando.

"Eu vou dormir primeiro. Boa noite!" Ela rapidamente fechou os olhos, esperando que pudesse adormecer o mais rápido possível.

Quanto mais ela tentava ignorar o fato, mais pensava a respeito. Quanto mais tentava dormir, mais acordada ficava.

Ela se perguntou se Kevin faria algo com ela enquanto estivesse dormindo.

Mas pensando bem, mesmo que ele realmente quisesse fazer algo, seria normal. Afinal, eles eram legalmente casados.

Ao pensar nisso, o corpo dela foi ficando cada vez mais tenso, quase completamente rígido.

Talvez ele estivesse ciente do nervosismo de Karen, pois de repente estendeu a mão para afagar a cabeça dela. "Karen, mesmo sendo casados, não vou forçá-la a fazer algo que não quer."

A sua voz continuava tão sedutora e agradável como de costume, mas ela ouviu vagamente uma risada, e suas orelhas ficaram vermelhas por um momento.

Como esse homem pode ser tão atencioso?

......

Com as palavras dele, Karen foi relaxando aos poucos e logo adormeceu.

Quando acordou, já estava claro. Pegou o telefone e olhou a hora. Ela não conseguiu conter o grito em voz baixa, "Merda!"

Seu despertador sempre tocava na hora, às sete da manhã, de segunda a sexta-feira. Tinha dormido tão profundamente que não ouviu nada?

"Você acordou." A voz baixa e sexy de Kevin soou no quarto. "Achei que ainda era cedo, então desliguei o seu despertador e deixei você dormir mais um pouco."

Ao ouvir a voz dele, Karen de repente percebeu que havia outra pessoa no quarto.

Ela levantou os olhos e o viu, impecavelmente vestido, sentado no sofá, com seus longos dedos folheando o jornal de forma casual. Parecia que estava esperando por ela há muito tempo.

"Bom, espere um pouco. Vou fazer o café da manhã o mais rápido possível." Karen coçou a cabeça e pulou da cama, correndo para o banheiro em pânico.

"Certo." Kevin respondeu baixinho e não falou mais nada. Ele parecia muito frio.

Como o marido não falava, Karen também não o fazia. Pegou um pedaço de torrada e colocou na boca novamente.

Depois de comer outro pedaço, olhou de relance para Kevin em silêncio. Ele parecia tão elegante enquanto comia que poderia se passar pela nobreza britânica.

Não fazia isso de propósito, mas todos os movimentos dele eram muito elegantes.

"Tem algo no meu rosto?" Kevin perguntou de repente em dúvida.

"Não não." Ela havia sido flagrada o encarando. Corou de novo e rapidamente abaixou a cabeça para o seu desjejum.

"Se você gosta de café da manhã, vou pedir para alguém prepará-lo de agora em diante." Ele finalmente falou, depois de um longo tempo.

Karen se sentiu um pouco culpada. "Você não precisa se preocupar."

Kevin largou o garfo, pegou um guardanapo para limpar a boca e disse gentilmente: "Você é minha esposa."

"Oh, tudo bem." Karen aceitou. O motivo dele havia amolecido seu coração.

De fato, ela era a esposa dele, e ele era seu marido. Eles seriam marido e mulher pelo resto de suas vidas.

Enquanto comia a deliciosa torrada e bebia leite morno, ela não conseguiu evitar pensar que Deus ainda a estava tratando bem. Ele havia bloqueado seu caminho para a felicidade, mas ainda havia deixado uma janela aberta.