Casados à Primeira Vista romance Capítulo 57

Por trás dos óculos de Kevin, dava para perceber que havia uma certa raiva no olhar dele. Ele disse com a voz grossa. "Não quero saber quem era. Bloqueia o número daquele homem e nunca mais se encontra com ele".

Kevin estava preocupado com Karen, que era ingênua demais. A mulher havia se machucado muito por causa de Charlie e mesmo assim não conseguia esquecê-lo. Portanto, ele precisava ajudá-la a superar o relacionamento anterior, que não valia os sentimentos dela.

O homem foi muito autoritário, mas Karen não o ressentiu por isso. Com obediência, ela pegou o celular e bloqueou o número de Charlie.

Em seguida, mostrou o celular para Kevin. "Pode olhar. Bloqueei o número dele e não vou ver ele de novo no futuro."

"Ótimo." Ele olhou para a mulher e teve uma ideia de repente. "Eu tinha esquecido de uma coisa, e quero te compensar. Posso?"

"O que foi? Você precisa da minha ajuda?" Perguntou ela, curiosa, sem entender onde o homem queria chegar.

"Sim, só você pode me ajudar." Kevin se aproximou de Karen e ergueu a cabeça dela.

Isso a deixou um pouco irritada. "Kevin, esse tipo de brincadeira infantil só funciona uma vez. Seria muito besta tentar outra vez."

Ela achava que o homem iria fingir beijá-la e, de novo, acabaria enganando-a. Antes que a mulher pudesse dizer qualquer outra coisa, ele a beijou ferozmente.

A respiração deles se tornou uma conforme os lábios deles se tocavam... Quanto mais tempo passavam se beijando, mais Kevin ficava viciado. Os beijos dele eram intensos, como se ele quisesse tornar Karen uma parte dele.

Os braços e as pernas dela ficaram moles, e ela precisou segurar com força a camisa dele. Nesse momento, ela estava disposta a deixá-lo fazer outras coisas com ela.

O beijo ardente foi interrompido do nada. Kevin a afastou dele com carinho, apesar de ela ainda querer mais.

Ele deu um leve sorriso, "Eu preciso voltar ao trabalho. Você deveria descansar."

Karen demorou um pouco para voltar a si. "O que foi isso? Por que ele é sempre assim?"

De repente, ela entendeu que, quando Kevin disse que havia se esquecido de uma coisa, ele estava querendo dizer que se esqueceu de beijá-la quando voltou da viagem de negócios hoje.

A mulher apertou os lábios e ainda sentia o calor do homem. Isso a deixou triste, e ela se perguntou se seria possível apreciar esse lindo momento para sempre...

Karen não conseguiria parar de se preocupar enquanto Charlie ainda estivesse em North Hill City e os problemas da empresa ainda não tivessem sido resolvidos.

Ela estava morrendo de medo de que dias como esse fossem desaparecer e as coisas fossem voltar a ser como eram antes.

......

Em uma suíte de luxo, em um hotel cinco estrelas em North Hill City, Charlie estava furioso enquanto quebrava um celular.

Na noite anterior, Karen não só desligou na cara do homem, como também bloqueou o número dele. Ela seria mesmo tão cruel com ele? Isso significava que Charlie não teria outra escolha a não ser deixá-la se tornar a mulher de Kevin?

Não! Não! Não!

Charlie queria gritar. Ele nunca deixaria o outro homem vencer, e com certeza pegaria Karen de volta.

Se a mulher insistisse em ficar ao lado de Kevin, ele faria coisas terríveis para reconquistá-la. Ele não deixaria o homem se safar com tanta facilidade.

Kevin não merecia Karen!

"Duncan!" Gritou Charlie. Foi aí que se ele se lembrou de que o assistente havia sido levado para a delegacia. Ele não conseguiu tirá-lo de lá, e estava muito irritado porque não havia nada que pudesse fazer a respeito disso.

O homem que estava substituindo Duncan por enquanto entrou correndo. "Jovem Mestre, o que posso fazer por você?"

"Você marcou um encontro com aquela atriz, a Polaris?" Não importava se a atriz era ou não a namorada de Leo, Charlie não perderia nenhuma chance, independentemente do quanto fossem pequenas.

O homem que assumiu o cargo de Duncan chamava-se Lincoln Hill. Ele foi enviado por Bernard, o pai de Charlie, e era mais velho do que o assistente anterior.

Ele disse: "Jovem mestre, aquela mulher prometeu nos ver, mas foi ela que escolheu o lugar. Vai demorar cerca de meia hora para chegarmos lá".

Charlie se levantou e afirmou: "Então vamos agora mesmo".

Ele sentia que já havia perdido tempo demais, e mal podia esperar para ver Leo. Os objetivos dele eram conseguir o apoio do homem o mais rápido possível e provar que ele era capaz ao pai.

"Charlie..." Quando ele estava passando pelo saguão do hotel, ouviu uma voz suave chamá-lo.

Assim que ouviu a voz dela, ele se virou e franziu um pouco a testa. "Você não tá se sentindo bem e precisa descansar. Por que veio aqui?"

"É que..." A mulher se aproximou dele e o ajudou a vestir o paletó. "Você não volta faz tanto tempo. Todo mundo tá preocupado, então o papai me pediu pra vir cuidar de você."

"Não precisava vir aqui pra cuidar de mim. Volta e vai descansar. Eu tenho uma coisa pra fazer", disse Charlie com carinho, segurando a mão dela.

"Eu sei o verdadeiro motivo de você ter vindo pra Chatterton Town." A mulher deu um sorriso amargo. A voz dela era doce e angelical, e a aparência dela fazia as pessoas sentirem pena.

“O que uma mulher como você saberia?” Resmungou o homem.

Ela se parecia com Karen, o que sempre o deixava relutante em lhe dizer coisas ruins.

"Charlie, eu sei que sou uma inútil. Não consegui te dar um filho e não pude..." Nesse momento, as lágrimas brotaram dos olhos dela. Uma gota escorreu do canto de cada olho, dando à mulher uma aparência ainda mais lamentável.

"Por que você tá chorando? Eu não te culpo." O homem não sabia o que dizer e a abraçou.

Ela ergueu a cabeça e piscou os olhos marejados de lágrimas. Em seguida, abriu um pouco a boca e murmurou: "Charlie, você é o filho mais velho da família. Você precisa ter o seu próprio filho. Portanto, não importa o que você queira fazer, eu tô disposta a te ajudar".

"Kristine, você realmente pensa assim? E se eu tiver um filho com a Ka—" Charlie estava feliz e surpreso. Depois do aborto espontâneo pelo qual Kristine passou, ela nunca mais poderia engravidar, então não era possível que a mulher lhe desse um filho. Ela não poderia culpá-lo por tentar encontrar outra mulher para continuar a linhagem da família.

Kristine Daly se aconchegou nos braços dele. "Tem certas coisas que não vão dar muito certo se vierem de você. Talvez se eu fizer elas, os resultados vão ser diferentes. Afinal, eu conheço a personalidade da minha irmã melhor do que você."

"Você tá falando de..." O homem não ousava acreditar que ela estava sugerindo isso. Nesse caso, ele estava mais confiante que a traria de volta.

"Eu vou ver a Karen." A mulher usou esse poderoso truque para conquistar Charlie.

"Kristine, você é tão boa pra mim!" Charlie a abraçou com força, como se já conseguisse ver Karen acenando para ele.

Então, beijou a testa dela. "Kristine, enquanto você puder me ajudar, prometo que vou te tratar bem."