Casados à Primeira Vista romance Capítulo 65

"Jovem, há quanto tempo!" Um homem, de uns cinquenta anos, aproximou-se de Kevin e deu um tapinha no ombro dele enquanto o cumprimentava.

"Oi, tio Law!", respondeu Kevin com educação, acenando com a cabeça.

Os dois ficaram conversando um pouco; parecia que estavam falando sobre a mãe de Kevin.

Karen tentou escutar a conversa sobre a família do marido. Infelizmente, foi o homem mais velho foi que falou mais; Kevin só disse algumas poucas palavras.

Ele não falava muito, ainda mais em ocasiões sociais. O marido parecia ser mais aberto com ela.

A mulher se perguntou: "Será que era porque ela falava demais, então ele era forçado a falar também?"

"Quem é essa?"

De repente, o homem mudou de assunto e perguntou sobre Karen. Ela sorriu com educação e estava prestes a responder, mas Kevin foi mais rápido. "A minha esposa".

"V-você é casado? Por que eu não tava sabendo disso?" O tio Law ficou muito surpreso.

Diferente do homem, Karen ficou animada, mas inquieta, quando ouviu o que o marido disse.

Era óbvio que o tio Law conhecia a família de Kevin...

Nesse caso, isso significava que ele iria contar aos parentes sobre o relacionamento deles?

Mas será que gostariam dela? Será que os dois poderiam... ficar até o fim do evento?

"Que ótimo, meu garoto. Ela é muito bonita. Mas acho que o seu pai não deve saber sobre o seu casamento repentino. Hehe, ele não quer que você se case com a Mia..."

"Tio Law", interrompeu-o Kevin de repente, com um tom mais severo do que antes. "Tenho uma coisa pra fazer. É melhor eu ir logo."

Antes que o homem pudesse responder, Kevin puxou com pressa a esposa.

Apesar disso, ela havia ouvido as palavras do tio dele com clareza.

Casar com... Mia... Mia Kyle?

O que ele quis dizer com isso?

Mas antes que ela pudesse perguntar, vários homens se aproximaram de Kevin para cumprimentá-lo, mas Karen não estava interessada em ouvir a conversa deles. As palavras "casar com a Mia" ficaram ecoando na cabeça dela por um bom tempo, como se fossem uma espécie de maldição.

"Diretor Kyle, o tio Tang está te esperando faz um tempo", disse Nick, que se aproximou depois de um tempo.

Kevin assentiu e se virou para Karen. Então percebeu que ela parecia pensativa. Ele perguntou: "O que aconteceu?"

A mulher voltou a si, balançou a cabeça e disse, sorrindo com vergonha: "Nada".

Ele franziu a testa, como se não acreditasse na resposta da esposa. Em seguida, olhou para os pés dela, mas, como o vestido era muito longo, ele não conseguiu vê-los.

O homem olhou para ela e disse baixinho: "Você tá de salto faz muito tempo. Tem um lugar pra descansar ali. Por que não se senta um pouco?".

A atitude de Kevin foi gentil e atenciosa, e não havia nada nos olhos dele que indicasse que ele estivesse mentindo ou sendo dissimulado.

Ela se perguntou por que uma simples frase a havia deixado com tanta dúvida. "Ele não se casou comigo? Que motivo tenho pra não acreditar nele?"

Após um momento de silêncio, Karen assentiu e, sorrindo, olhou para ele. "Não sou mais uma criança, e posso cuidar de mim mesma. Vai fazer o que você precisa."

Para falar a verdade, ela não queria depender demais de Kevin.

Pois o que a aconteceria se o homem a deixasse nesse exato momento?

Quando uma mulher dependia demais de um homem, ela lentamente se perdia.

A família dela era o melhor exemplo.

Ela sabia que, quando a mãe se casou com aquele homem da família Daly, os dois se davam bem. Mais tarde, como a mulher dependia dele para tudo, ela foi mudando aos poucos e ficou deprimida.

Nos tempos em que era criança, Karen se lembrava de ver a mãe chorando em silêncio no quarto. Naquela época, ela decidiu que queria proteger a mãe e a irmã quando crescesse.

No entanto, aquelas que Karen queria proteger a abandonaram da maneira mais cruel no final, como se nunca tivessem se importado com ela.

A mulher não queria pensar nas coisas ruins no passado, mas por algum motivo, esteve pensando muito nelas recentemente.

Ao olhar para as costas de Kevin, Karen cerrou os punhos em silêncio.

Ela não queria estar amarrada ao passado. Nesse momento, era com Kevin que a mulher estava.

O banquete ainda estava acontecendo. As pessoas conversavam para todos os lados, e o ambiente estava muito animado.

Não havia tanta gente no círculo da classe alta, mas as pessoas em volta pareciam se conhecer. Poucos conheciam Karen, então, quando ela apareceu com Kevin, isso causou um certo burburinho.

Depois que o homem se afastou e a deixou sozinha, algumas mulheres também olharam para ele e o observaram de longe, mas ninguém tentou dar em cima dele.

Nessa noite, eles não eram as pessoas que mais chamavam a atenção, pois o protagonista da festa deveria ser o lendário dono da empresa, Leo, mas ele ainda não havia aparecido. Ele era bastante misterioso.

Sem que ninguém a perturbasse, Karen foi até a sala de estar e se aproximou de um sofá. Assim que ela se sentou, um garçom trouxe comida e bebida. "Sra. Kyle, o sr. Kyle me pediu para preparar isso para você. Espero que goste."

Karen assentiu e sorriu. "Obrigada!"

Parecia que Kevin estava preocupado porque ela não havia jantado antes de ir à festa, então ele pediu que alguém trouxesse comida para ela, por mais que fosse cedo.

Já havia passado das nove horas da noite. Karen estava com muita fome, então não conseguiu resistir e comeu os petiscos.

Ele estavam muito gostosos; crocantes e doces, cheios de sabor.

Ela pegou mais um e, assim que deu uma mordida, uma pessoa chegou e se sentou bem na frente dela. "Karen, deve ser o destino. Eu não esperava te ver aqui. Ou você veio só por mim?"

"Você... Por que você tá aqui?" Ao ver Charlie aparecer de repente, a mulher franziu a testa. O petisco que ela havia acabado de moder tinha se tornado difícil de engolir.

O homem riu, lançando-lhe um olhar cheio de arrogância. "Não sou eu que deveria perguntar por que você tá aqui?"

Karen ficou muito irritada quando viu o sorriso dele, mas não conseguia pensar em nenhuma forma de refutá-lo. Não era estranho que ele estivesse ali. A família Gook poderia ser considerada parte da classe alta, enquanto ela não era ninguém.

Contudo, Karen não queria conversar com esse homem. Antes, ele era o heroi dela. Mas agora, havia se tornado alguém que ela nunca mais queria mais ver na vida. Ele era como um tumor maligno: se ela o tocasse, seria um desastre.

A mulher não queria passar mais um único segundo na presença desse homem. Karen se levantou e estava prestes a sair, mas Charlie a agarrou e disse: "Senta aí. Eu quero falar com você".

Ele fez questão de levantar a voz, e algumas pessoas olharam para eles. Por um momento, ela se tornou o centro das atenções de novo.

Karen não queria que ninguém risse dela, então se sentou com obediência e disse friamente: "Charlie, não tenho nada a dizer pra você. Por favor, para de se meter na minha vida".

Ao ouvir isso, o homem sorriu. De repente, ele se levantou e olhou para Karen. Aí, deu um sorriso que achou que fosse encantador e disse: "Mas eu tenho o que te dizer, então vem comigo".

O sorriso dele era tão arrogante e obsceno que deixou a mulher com nojo.

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