Agora Karen finalmente entendeu porque Kevin sempre falava em outros idiomas no trabalho, porque ele era da Rovio Corporation Inc.
A Rovio Corporation devia confiar muito na capacidade do Kevin para indicá-lo como presidente da Innovative Tech.
Karen tinha passado os últimos dias observando-o trabalhar e ele era extraordinário.
Ela fixou o olhar em Kevin enquanto pensava, reparando nos óculos de armação dourada que ele só tirava para dormir.
Ele ficava maduro e reservado com aqueles óculos e, sem eles, parecia mais gentil.
No entanto, os óculos não escondiam a elegância e a beleza do rosto dele.
De repente, Karen lembrou de uma piada que tinha visto na Internet. O homem de óculos parecia gentil e refinado mas, na verdade, era um "monstro disfarçado".
Ela pensou no que tinha acontecido no dia da festa beneficente, quando Kevin a assustou e ele foi mesmo um "monstro".
Não. Karen imediatamente balançou a cabeça e deu um tapinha no rosto. Como podia pensar nele dessa forma?
Ela tinha decidido esquecer do que aconteceu naquele dia, então era melhor nem pensar no assunto.
Perdida em seus pensamentos, Karen não percebeu que Kevin a olhava gentilmente.
Ela balançou a cabeça, deu um tapinha no rosto, franziu a testa e os lábios. As expressões em seu rosto eram as mais variadas. Ela estava perdida em seu próprio mundo.
Kevin olhou para ela com curiosidade.
Como era o mundo dentro dela?
Ela o deixaria fazer parte daquilo?
O olhar de Kevin era tão intenso que Karen voltou à si.
Ela olhou para cima e seu olhar cruzou com o dele, mas ela rapidamente virou a cabeça para fugir dos olhos dele.
"No que você estava pensando?"
"Nada não."
Kevin não insistiu, apensa voltou a trabalhar.
Como Kevin estava ocupado, Karen achou melhor não incomodá-lo e ficou quieta.
Algum tempo depois, Amelia trouxe uns petiscos e leite. Ela olhou para Karen e disse, sorrindo: "Sra. Kyle, o Presidente Kyle pediu que eu trouxesse isso para a senhora."
Depois de agradecer, Karen foi até a mesa de Kevin com os petiscos e perguntou alegremente: "Você quer comer alguma coisa?"
"Quero.", respondeu Kevin.
Karen empurrou o prato para perto dele. "Come um pouco antes de voltar a trabalhar. Máquina nenhuma funciona 24 horas por dia sem parar, e você é um humano."
"Me dê na boca", disse Kevin, sem erguer os olhos.
Uh...
Me dê na boca?
Kevin falou com seriedade, apesar do atrevimento das palavras.
Karen não entendeu se aquilo foi uma provocação ou se ele realmente não sabia a conotação que dar comida na boca de outra pessoa tinha.
O batimento cardíaco dela estava mais rápido do que o normal.
Ela olhou para ele e viu que estava ocupado com o trabalho e, como ele não desviava os olhos do serviço, ela entendeu que ele não tinha tempo mesmo.
Mais uma vez ela teve que admitir que estava pensando demais.
Karen pegou um lanche e o levou à boca de Kevin.
"Ah, abre a boca."
Sem desviar o olhar da tela do computador, ele obedeceu à ordem dela e deu uma grande mordida, comendo metade do lanche de uma só vez sem se dar conta.
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