Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 165

Quando a mãe biológica de Luke, Esther, estava na faculdade, foi obrigada a participar de um encontro às cegas, o que a levou a tê-lo. Na época, era apenas pouco mais de dez anos mais velha que Carter.

Seria possível que Carter tivesse sentimentos por ela esse tempo todo?

A ideia passou pela minha mente, mas logo a descartei como absurda.

Era apenas uma única rosa. No dia do meu funeral, Carter também colocou uma rosa no meu túmulo. Isso significa que ele tem sentimentos por mim?

Sem pensar, perguntei: “Carter e Esther são próximos?”

Luke respondeu em tom baixo: “A perna dele se machucou por causa da minha mãe.”

Antes que eu pudesse perguntar mais, ele saiu do carro segurando um buquê de margaridas e caminhou em direção à lápide.

Os dois, um sentado e o outro em pé, estavam junto ao túmulo, mas a brisa da montanha abafava a conversa deles, deixando-me incapaz de ouvir uma única palavra.

Embora eu não tivesse tido muito contato com Esther, lembrava-me vividamente de como os doces que ela fazia eram deliciosos. Quando criança, queria comer mais, mas me contive, lembrando que era apenas uma convidada.

Seu rosto desapareceu da minha memória, mas sua bondade permaneceu clara. Ela era gentil, sorria calorosamente enquanto me entregava os doces e me incentivava a comer mais para crescer forte e saudável.

Carter olhou na minha direção, sua expressão mostrando uma leve surpresa ao me ver ali.

O vento da montanha era gelado, misturando chuva e neve ao ar congelante. Carter virou-se para mim e perguntou: “O que te traz aqui?”

“Ouvi de Luke que você estava aqui, então pensei em passar”, respondi.

Ele segurou minha mão, notando como estava fria. “Está muito frio. É melhor você voltar. Ainda tenho algumas coisas para resolver.”

“Certo”, concordei.

Não éramos um casal, então ele não tinha obrigação de me explicar para onde estava indo.

No final, acabei voltando no carro de Luke.

Enquanto me virava para sair, não percebi um buquê de hortênsias brancas descansando no banco do passageiro ao meu lado.

Quando Luke voltou da visita ao túmulo de Esther, entrou no carro e fechou a porta, bloqueando a tempestade de neve que rugia do lado de fora.

Pela janela, vi Carter sendo empurrado em sua cadeira de rodas por Damian, deixando-me com uma mistura de sentimentos complicados.

Quebrando o silêncio, perguntei a Luke: “O que você quis dizer antes sobre a perna de Carter ter se machucado por causa de Esther?”

Luke me lançou um olhar e perguntou: “Você quer saber?”

Dei um leve aceno com a cabeça.

De repente, ele se inclinou, apoiando as mãos na porta do carro e me prendendo com os braços.

Com o motorista ainda sentado na frente, e considerando que eu era sua tia, nunca imaginei que ele teria coragem de fazer algo assim.

O calor de sua respiração me envolveu, deixando-me desconfortável. Falei, sentindo-me aflita: “Luke, o que você pensa que está fazendo?”