Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 190

Meio adormecida, senti um olhar intenso fixado em mim, como se uma besta selvagem das montanhas estivesse observando, fazendo um calafrio percorrer minha espinha.

Tentei abrir os olhos, mas não consegui, por mais que tentasse.

Após um momento, a figura se aproximou, sua respiração quente contra minha orelha enquanto sussurrava: “Chloe, quando você vai me amar?”

Amar? Quem está pedindo meu amor?

Ao amanhecer, depois de tomar café, Damian me levou a uma sala onde uma instrutora musculosa me aguardava.

“Senhora Bolton, a partir de hoje, vou te ensinar defesa pessoal. Além dos movimentos, é ainda mais importante fortalecer o corpo. Se não o fizer, vai perceber o quão grande é a diferença entre a força de um homem e a de uma mulher quando enfrentar um perigo real.”

“Sim, vou seguir suas instruções”, respondi.

Saber que Anna era uma artista marcial só me deixou mais cautelosa. Se algum dia caísse em suas mãos, precisaria de ao menos alguma forma de me defender.

“Senhora Bolton, você precisa se preparar mentalmente. Você não é exatamente jovem e não tem uma base sólida. O senhor Bolton me instruiu a não ir leve com você. Então, se doer, não vou segurar a dor.”

“Entendo”, disse com firmeza.

É preciso suportar dificuldades para adquirir habilidades reais.

No final do dia, meu corpo estava coberto de hematomas e eu estava dolorida por todo o corpo.

Josie Cross, minha instrutora de rosto severo, não me deu trégua, me empurrando por abdominais, levantamento de peso e outros exercícios para fortalecer o corpo.

Depois do banho, caí na cama, sentindo o mundo girar ao meu redor.

“Como foi seu primeiro dia de treino?”, perguntou Carter suavemente.

Eu estava deitada, tão exausta que não conseguia me mover, quanto mais assumir uma posição mais digna.

“Tudo, exceto a minha cabeça, parece que não me pertence mais”, gemi.

“Você vai aguentar?”

“Claro!”

As dores eram insuportáveis, mas comparado à impotência que senti antes da minha morte, essa dor não era nada.

Carter estendeu a mão, mas no momento em que seus dedos tocaram minha pele, eu gritei: “Ai, isso dói!”

“Como vai treinar amanhã assim? Tenho um medicamento para circulação sanguínea e hematomas”, disse ele.

Meus olhos brilharam. “Carter, você é um salvador!”

Ele deu uma risada suave. “Eu já passei por isso, sei o que funciona. Agora, tire sua roupa, que eu vou passar para você.”

Ao ouvir isso, me levantei da cama, só para torcer as costas no processo. “Ai...”

Apertando os dentes contra a dor, protestei: “Não precisa. Eu mesma faço.”

Carter colocou o medicamento na mesa de cabeceira e saiu. Movendo-me como um robô enferrujado, comecei dolorosamente a aplicar o remédio.