Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 428

Como a vida seria maravilhosa se Taylor não fizesse parte dos Carlyns.

Suspirei suavemente e me virei.

Carter e Yael não estavam à vista. Um som de angústia vindo do quarto do último chamou a minha atenção.

Preocupada de que meu marido pudesse perder o controle e machucá-lo fatalmente, decidi seguir o barulho.

Quando cheguei, o quarto fedia a sangue.

Carter estava ali, com as mangas arregaçadas e o relógio de lado. Uma adaga brilhava em sua mão e a lâmina estava untada com algum tipo de pomada.

Seus olhos ardiam com uma intenção fria e letal.

“Então, querido primo, você gosta tanto assim da minha esposa?” Seu tom era gelado e sua voz afiada.

Carter deixou a lâmina deslizar lentamente pelas costas de Yael. Eu podia ver o ferimento borrado e a pele ilesa pontilhada de arrepios.

Eu nunca tinha visto ninguém usar uma faca para aplicar remédio.

Por um momento, não consegui dizer quem era mais pervertido.

“Carl.” Entrei empurrando a porta ligeiramente aberta.

A expressão de Carter cintilou com um traço de desconforto quando ele me notou. Já Yael, olhou para cima com um ar de inocência. “Chloe…”

Meu marido rapidamente jogou a faca de lado. “Não me entenda mal. Eu estava apenas cortando as suas bandagens.”

Olhei para as costas sangrando de Yael e dei um leve sorriso. “Vá em frente. Está tudo bem.”

Eu não ficaria magoada com Carter porque sabia que Yael não era inocente.

Seu passado difícil não foi culpa minha, mas ele foi a razão pela qual meu marido e eu fomos separados.

A dor que ele infligiu em mim, como tirar a minha voz, permaneceu inegável.

Como Carter sempre esteve ao meu lado sem hesitação, me senti compelida a não o decepcionar. Nosso vínculo já havia transcendido os limites da vida e da morte.

Yael piscou de decepção, mas escolhi ignorá-lo, desviando minha atenção para seu quarto.

Carter, claramente farto do caos, colocou a faca de lado e começou a cuidar do ferimento dele.

Enquanto eu examinava o lugar, meus olhos pousaram em uma foto. Ela retratava um casal com dois filhos.

Amber provavelmente tinha 20 e poucos anos e carregava um ar de sofisticação. Na imagem, ela estava fria e séria, parecendo um pouco ingênua.

O homem ao seu lado era alto e digno, com uma forte semelhança com Taylor. Seu braço descansava gentilmente no ombro de Amber, e sua expressão era gentil e refinada.

Em pé, na frente deles, estavam duas crianças vestidas em trajes formais, sorrindo brilhantemente para a câmera.

Taylor parecia genuinamente feliz.

Então havia Yael, com cerca de um ano de idade, vestindo um macacão amarelo com desenho de pato. Suas bochechas rechonchudas e seus cabelos macios e levemente cacheados lhe davam um charme angelical.

Ele parecia notavelmente com a mãe, possuindo um sorriso doce que irradiava inocência.

Ao contrário do comportamento sério de Amber, o homem e os meninos exalavam felicidade.

Esta era a única foto de família deles.

“Como seu pai faleceu?”, perguntei.

“Em um acidente de carro”, Yael respondeu, deitado em seu travesseiro de costas para mim.

Quebrando o silêncio, ele acrescentou: “Chloe, eu sei que você planeja levar Whitney embora e vê Taylor como um monstro, mas você o entendeu mal. Sem Taylor, ela teria morrido há muito tempo.”

“Quando sua irmã chegou aos Carlyns com apenas cinco anos de idade, o ódio do meu pai pelos Sanders significava que sua vida poderia ter acabado tão facilmente quanto esmagar um inseto. Apesar de restringir a sua liberdade, Taylor lhe deu o melhor que pôde. Se não fosse por ele, Whitney poderia ter acabado como uma doadora de sangue, uma fonte de órgãos, ou pior, o brinquedo de alguém. Ele sempre foi o escudo dela.”