Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 478

Whitney manteve o olhar fixo no médico por um longo momento antes de soltar sua mão. Com uma voz suave, murmurou: “Obrigada.”

Não conseguia afastar a sensação de que algo estava errado. Era só eu, ou o ar entre eles estava um pouco tenso demais?

Apressando-me ao lado dela, meus passos rápidos ecoaram no quarto. “Deixe-me ajudá-la a ir ao banheiro. Não quero que desmaie novamente.”

Ela assentiu, apoiando-se no meu braço enquanto caminhávamos devagar, passo a passo, cuidadosamente.

Whitney ainda estava fraca, com a cabeça girando.

Ajudei-a a voltar para a cama.

Naquele momento, o criado trouxe o café da manhã. Virei-me para o médico com um sorriso educado. “Dr. Mervin, deve estar cansado. Por favor, coma algo e depois descanse no quarto de hóspedes.”

“Obrigado, Sra. Bolton”, ele respondeu. “Aqui está a prescrição para a Sra. Sander. A senhora pode preparar os medicamentos conforme indicado, mas ela deve esperar até que o resfriado passe antes de começar as ervas.”

“Entendido.”

Sentei-me ao lado dela, alimentando-a colher por colher. Ela comeu sem protestar, cada mordida tomada à medida que eu oferecia.

Gentilmente limpei seus lábios com um guardanapo e toquei sua testa. “Você ainda está com um pouco de febre. Descanse. Precisaremos dar outra dose de soro à tarde.”

Whitney assentiu e lançou um rápido olhar para o médico. “Obrigada, Dr. Mervin.”

Ele colocou sua tigela de lado e limpou os lábios: “Não foi nada, realmente.”

Com a condição dela estabilizada, senti um alívio.

Ela tomou seu remédio, e logo o sono a dominou. O Dr. se levantou para sair. “Sra. Sander, descanse. Estarei na Residência Bolton pelos próximos dias. Se algo acontecer, não hesite em me chamar.”

“Certo.”

Whitney observou-o sair, com os olhos pairando como se quisesse dizer algo, mas então segurou suas palavras.

“O que foi?”, perguntei curiosa.

Ela desviou o olhar e me deu um sorriso fraco. “Nada.”

Quando fechou os olhos, fechei silenciosamente a porta atrás de mim.

Levei Wallace ao quarto de hóspedes e casualmente perguntei: “Doutor, já que você é familiarizado com a medicina holística, poderia verificar meu pulso também?”

Já que ele era alguém em quem Carter confiava, senti-me completamente confortável em perguntar.

Eu não havia me alimentado direito nos últimos dias, e estava preocupada com o bebê.

“Claro”, ele disse.

Sentamos à mesa de pedra no jardim. Coloquei meu braço sobre a mesa, e seus dedos frios repousaram em meu pulso.

Passaram-se alguns momentos antes que retirasse sua mão. Não consegui evitar. “Então, o que você encontrou?”

“Sra. Bolton”, começou, com a voz calma e firme: “sua digestão parece um pouco fraca. Isso pode afetar ligeiramente a absorção de nutrientes pelo bebê, mas não se preocupe. Com os devidos cuidados e uma dieta equilibrada, tudo vai melhorar. O bebê está completamente saudável.”

Suas palavras tranquilizadoras foram como se um peso fosse tirado do meu peito.

Naquele momento, Alisa passou, com os passos suaves contra o piso polido. Chamei-a com um sorriso. “Alisa também está grávida. Dr. Mervin, por que não verifica o pulso dela também?”

Ela hesitou, com a expressão mudando quase imperceptivelmente. “Tia, isso realmente não é necessário. Meu bebê está bem.”

“Não é nenhum incômodo”, disse, dispensando sua preocupação. “Dr. Mervin é um médico excelente. Uma rápida verificação de pulso não fará mal.”

Wallace permaneceu composto, com os olhos firmes enquanto a olhava. “Não há nada com que se preocupar, senhora”, disse com confiança.

Hesitei, balançando a cabeça. “Não acho que possa. Não tenho me sentido muito bem ultimamente, então provavelmente não seria de grande ajuda. Mas posso doar algumas coisas antigas para a venda. Ainda é algo, certo?”

“Isso é suficiente”, disse ela com um aceno. “É melhor ser cautelosa durante o primeiro trimestre.”

Subi as escadas, embora o descanso estivesse longe da minha mente. Em vez disso, pedi fio e me acomodei para praticar flores de crochê usando um tutorial online. Minhas mãos se moviam metodicamente, mas meus pensamentos vagavam, e meu olhar continuava se desviando para Alisa.

Por que ela havia sido tão relutante quando o Dr. Mervin ofereceu verificar seu pulso?

Como mãe, não conseguia entender sua hesitação. Um método holístico como esse, inofensivo em todos os sentidos, poderia ser feito diariamente sem risco algum.

Luke estivera ocupado nos últimos dias, dividindo seu tempo entre tratamentos e trabalho. Ele mal passava tempo com ela, mas não parecia incomodada.

Será porque o amava tanto que mais nada importava? Ou havia algo mais por trás?

Não conseguia esquecer o quão ousada fora ao usar medicamentos para conceber o filho de Luke sob circunstâncias tão precárias. Arriscara tudo, até seu futuro. Foi tudo realmente por amor? Ou foi um passo calculado para garantir seu lugar na família?

Massageando as têmporas, suspirei. Talvez estivesse deixando minha imaginação correr solta. Nos últimos dias, parecia que eu via sombras onde elas não existiam.

Enquanto fazia crochê, os olhares ocasionais dela não passaram despercebidos.

Nenhuma de nós falou, no entanto, e ficamos em nossa bolha silenciosa até que ela finalmente se retirou para seu quarto.

Ao meio-dia, certifiquei-me de que nem Whitney nem o Dr. Mervin fossem perturbados. Foi apenas no final da tarde que o médico saiu de seu quarto. Segui-o enquanto se dirigia ao quarto dela.

“Sra. Bolton”, disse enquanto entrávamos, com a voz baixa e firme: “a Sra. Sander ainda não se recuperou completamente. Ela não deve ser exposta a correntes de ar. Por favor, feche a porta.”

“Claro.”

Fechei a porta suavemente e me virei para vê-lo entregando um termômetro a ela. Seus dedos se tocaram por apenas um segundo, mas Whitney se encolheu, puxando rapidamente sua mão para trás, como se tivesse levado um susto.

Wallace não pareceu reagir. Seu comportamento permaneceu composto enquanto me olhava e falava com um tom abafado. “Sra. Bolton, há um problema com o bebê da Sra. Hudson.”