Entrar Via

Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 559

Anna também estava prestes a desabar. Sem hesitar, ela envolveu os braços ao redor de Taylor.

Naquele momento, eles eram o único consolo um do outro, algo mais profundo que o amor, mas que ainda não tocava o romance.

Depois de um tempo, Taylor finalmente a soltou. E sua expressão voltou ao habitual, serena, sem revelar nada.

“Vamos, vou te levar pra comer algo gostoso.”

Ao longo dos anos, ele conseguiu levar alguns lanches e refeições quentes até a ilha, mas, quando finalmente chegavam lá, esses alimentos já tinham perdido todo o sabor original.

Anna levou a mão ao peito. Uma dor incômoda havia se instalado ali há poucos instantes sutil, mas impossível de ignorar.

“O que foi?” Taylor olhou para ela, franzindo a testa.

Ela achou que era só o abalo emocional de ter visto Chloe de novo e ignorou.

“Não é nada. Vamos.”

Aquele dia já tinha lhe dado mais do que ela poderia sonhar. Não só tinha visto Chloe, como também vislumbres do resto da família. E aquilo já era o suficiente.

Enquanto todos estivessem vivos, ainda havia esperança.

Taylor a levou até a lanchonete que ela adorava na infância. No instante em que avistou o lugar, seus olhos se iluminaram.

“Uau, faz séculos que não como isso.”

Ele já tinha feito frango frito e hambúrgueres para ela na ilha, mas sempre usava ingredientes de altíssima qualidade. Comparado àquilo, o sabor gorduroso e artificial do fast food trazia até uma certa nostalgia.

Lembrando que Yael também estava em Snowville, Anna fez questão de pedir uma refeição extra para ele.

Ela ainda guardava a lembrança dos dois sentados em meio a pilhas de salgadinhos, dividindo um pacote de batata.

Já fazia anos desde a última vez que o tinha visto. Naquela época, ele não largava a mamadeira por nada. Agora, Yael já estava quase mais alto do que ela.

Quando finalmente se encontraram, Anna ficou sem palavras. Ele agora tinha dez anos, tão maior do que ela se lembrava.

Ela escondeu o saquinho de comida atrás das costas e levantou uma mão, meio sem jeito, num cumprimento. “É... você ainda lembra de mim?”

Yael se aproximou com um sorriso caloroso. “Anna.”

Seus olhos se arregalaram. “Yael? Você cresceu tanto!”

“E você ficou ainda mais bonita.”

A última lembrança que ela tinha dele era do dia em que tiraram o retrato de família. Pouco tempo depois, tudo desmoronou na família Carlyn.

Mesmo mais alto, Yael ainda tinha aquele jeito aberto e sincero. Ele se inclinou, curioso.

“Anna, o que você tá escondendo aí atrás?”

Sem saber onde enfiar a cara, ela trouxe lentamente a sacola para frente.

“Eu trouxe isso pra você... mas talvez você nem...”

Antes que ela terminasse a frase, Yael já tinha arrancado a sacola das mãos dela.

“Anna! Como você sabia que eu estava morrendo de vontade de comer um hambúrguer? Minha parceira de lanche tá de volta!”

Ela deu risada. “Você ainda lembra?”

“Claro! Lembro o quanto você amava batatinhas.”

Logo, os dois estavam rindo e brincando juntos, como nos velhos tempos.

Por um momento, parecia que o tempo tinha voltado, como se estivessem de novo com cinco anos, naquela época em que Taylor vivia se desdobrando pra cuidar dos dois.

“Anna! Vem ver isso aqui! Tô trabalhando em uma coisa muito legal.”

Yael agarrou a mão dela, animado, e a levou até o porão da casa. Ela parou na porta, completamente surpresa com o que viu. O cômodo estava cheio de esculturas em pedra.

“Você fez tudo isso?”

“Isso parece assustador.”

“Mas é essa a graça! Quem ia querer ir se não fosse?”

Percebendo a hesitação de Anna, Taylor disse: “Vai você. Eu fico.”

Mas Yael não aceitou. “Ah, Anna, vai! A gente já tá aqui.”

“Tá bom, tá bom.”

Taylor, ainda preocupado, acabou indo junto.

Menos de um minuto depois de o carrinho começar a andar, o rosto de Anna empalideceu visivelmente.

Taylor se aproximou e puxou a cabeça dela suavemente contra seu peito.

“Fecha os olhos, se estiver com medo.”

Enquanto a montanha-russa acelerava nas curvas e quedas, Anna sentia o peito ficando cada vez mais apertado.

Ela já tinha sentido algo estranho durante o salto de paraquedas, mas achou que era normal.

Quando desceram do brinquedo, Taylor percebeu de imediato que algo estava errado, seus lábios estavam levemente arroxeados.

Ela segurava o peito, o rosto expressando incômodo visível.

“Anna, você tá bem?”

Achando que era só medo, ela forçou um sorriso fraco. “Tô sim, só um pouco tonta. Só preciso de um minutinho.”

Mas Taylor sabia o suficiente de medicina para perceber que aquilo não era normal.

“Não, isso não está certo. Vou te levar ao hospital.”

Depois de uma bateria completa de exames, o resultado finalmente saiu, Anna tinha uma condição cardíaca hereditária.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Casamento de Arrependimentos e Revelações