Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 579

Vinte anos de cativeiro. Familiares que já haviam partido. Noites e dias de tormento, onde ninguém se importava com sua vontade.

Taylor imaginava que ela o odiasse tanto, que sequer havia lhe lançado um olhar ao partir.

Ele não ousava revelar quem era agora, e tudo o que podia fazer era suprimir seus sentimentos.

“Sra. Sander”, disse, com a voz fria e distante: “Você ainda está com febre. Precisa manter o pensamento positivo... Se aborrecer não vai ajudar na recuperação.”

Apesar de estar claramente aflito, ele se mantinha firme, como se fossem dois estranhos.

O coração de Anna era um turbilhão de emoções.

Alívio, alegria, raiva. Ela estava furiosa por ele nunca ter mandado sequer uma palavra, mesmo estando vivo esse tempo todo.

Taylor lhe entregou o termômetro. Enquanto ela estava inconsciente, ele podia medi-la sem hesitação. Mas agora, acordada, já não era apropriado.

Anna não pegou. Apenas o encarou com os olhos arregalados, cheios de lágrimas.

Era uma tempestade silenciosa de acusação.

Taylor suspirou e parou de fingir. “Anna...”

Estendeu a mão e tocou suavemente seu rosto. “Não chora. Se não quiser me ver, eu vou embora agora.”

No instante em que ele disse isso, Anna desabou ainda mais.

“Não chora. Se quiser alguma coisa, me diz. Não se machuca assim.”

Taylor achava que a conhecia. Depois de vinte anos juntos, acreditava que já havia decifrado seu coração. Mas agora percebia que não sabia nada. O coração dela era mais profundo e misterioso do que jamais imaginou.

Antes que pudesse terminar o pensamento, ela se jogou em seus braços.

“Seu id*ota! Por que mentiu pra mim? Achei que tivesse morrido!”

Taylor a envolveu num abraço apertado. “Eu achei...”

Sua voz falhou. “Eu achei que me odiasse tanto que nunca mais quisesse me ver. E esse plano era perigoso. Quanto menos gente soubesse, melhor. Por isso eu não te contei. Me desculpa, meu amor. Não chora, por favor. Se quiser minha vida, ela é sua.”

“Estou arrependida.”

As lágrimas de Anna queimavam seu pescoço como fogo. “Se eu não tivesse ficado doente, você teria continuado longe pra sempre?”