Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 594

Quando Taylor finalmente bebeu o vinho, Sonia Reed e os outros ao redor soltaram um suspiro coletivo de alívio.

Aquela bebida era tão potente que derrubaria até um touro.

Os costumes dessas vilas remotas eram bem diferentes dos da cidade. A cerimônia era breve, focada principalmente em se ajoelhar diante do deus do mar.

Mas, com a força da dr*ga no vinho, o ritual era só uma formalidade o verdadeiro objetivo vinha depois.

Na hora de cumprimentar os pais, Taylor alegou estar se sentindo mal e pediu para descansar.

Todos trocaram sorrisos cúmplices, entendendo perfeitamente.

“Sonia, ajude seu marido a voltar pro quarto e descansar direitinho.”

Os olhares maliciosos deixaram Taylor nauseado.

A porta foi trancada atrás deles, e as velas tremeluziam suavemente no cômodo.

Sonia também havia bebido o vinho, o rosto estava corado de expectativa. Aquela noite, ela estava determinada a finalmente tê-lo.

A dr*ga ainda não tinha feito efeito nela, mas a excitação deixava sua pele quente.

“Flint, deixa que eu te ajudo a se deitar.”

Com apenas 1,60m, ela parecia quase infantil diante de Taylor.

Os homens da vila eram todos baixos, raramente passando de 1,75m. Anos pescando os deixavam com a pele escura e músculos secos, nunca definidos.

Ela já tinha espiado Taylor se banhando antes, só o torso nu dele já fazia seu coração disparar.

Ele era tão lindo! Precisava se casar com ele, mesmo que já tivesse esposa ou filhos.

Aquela noite, seu desejo se realizaria. Ela se ergueu nas pontas dos pés, tentando desabotoar a camisa dele.

Mas, antes que pudesse reagir, sentiu uma presença atrás de si. Num piscar de olhos, algo pressionou seu pescoço, e seu corpo amoleceu, desabando no chão.

Anna foi rápida, implacável e precisa. Em segundos, amarrou as mãos e os pés de Sonia com uma corda que havia encontrado, e, por segurança extra, a prendeu ao pé da mesa.

Depois disso, lavou o rosto na bacia, esfregando a sujeira das bochechas.

Estava grata por Taylor não ter se importado com seu rosto manchado de lágrimas, mas agora, limpa e renovada, finalmente se sentia ela mesma de novo.

Virou-se para ele. “Taylor.”

Era a primeira vez que ele via seu rosto por completo. Já havia notado a pele clara, os olhos grandes, os lábios suaves mas agora, vendo todas as feições juntas, ficou deslumbrado com a beleza dela.

Já havia sentido a familiaridade do corpo dela naquela tarde, mas mesmo sem memória, ver o rosto de Anna tão claramente o deixou sem fôlego.

Ela era deslumbrante.

Ele já tinha sentido o magnetismo do corpo dela mais cedo.

As pessoas são criaturas visuais, percebeu. Agora entendia por que era apaixonado por ela.

Mesmo que esquecesse mil vezes, um rosto como aquele faria seu coração disparar de novo, toda vez.

Cada detalhe era exatamente o tipo dele.

Anna acenou com a mão na frente dos olhos dele. “Está viajando?”

Ele a conhecia desde criança, mas sua beleza nunca o tinha atingido com tanta força, tão diretamente.

Taylor voltou à realidade e, como sempre honesto, soltou: “Você é linda.”

Anna sorriu, enlaçando os braços no pescoço dele e ficando na ponta dos pés. “Linda onde?”

Taylor entendeu o tom e ficou vermelho, desviando o olhar. “Em todo lugar. Você é linda em todo lugar.”

Anna viu o rubor subindo pelas orelhas dele e sussurrou: “Taylor, você não era nem um pouco tímido quando me prendia na cama.”

Ela nunca tinha visto esse lado dele e achou tudo divertidíssimo.

“À noite, você costumava...” Ela não terminou a frase, porque Taylor rapidamente cobriu a boca dela com a mão. Mesmo que ela dissesse ser sua esposa, para ele, ainda era uma estranha.