Casamento Rápido, Marido Rico romance Capítulo 1159

Bruno possuía várias propriedades, mas ele e Aurora costumavam ficar entre esta casa e a do Condomínio Rosa, que eram as mais próximas da empresa e facilitavam o deslocamento diário.

João, que não queria se afastar muito, acabou escolhendo essa casa por conveniência, mesmo sabendo que estava se impondo.

- Bruno, foi você quem arrumou tudo isso? - Perguntou João, olhando ao redor da sala decorada com velas e flores, que mais parecia um cenário de proposta de casamento ou até mesmo um casamento em si. - Está tudo tão bonito, como um cenário de casamento. Quando você e Aurora se casarem, devem decorar assim. Vai surpreender todas as mulheres.

Bruno não conseguiu evitar uma risada, apesar de sua expressão ainda estar fechada.

- Se não fosse eu quem pensou em tudo isso, acha que foi você?

João, um pouco confuso, respondeu:

- Eu não teria essa habilidade emocional para pensar em algo assim.

Bruno bufou, cruzando os braços.

- Claro que você não teria. Tudo o que você sabe fazer é receber dinheiro de mulher.

João, ofendido, rebateu:

- Quando foi que eu fiz isso?

Bruno não respondeu, deixando João ainda mais confuso.

Aurora entrou na sala trazendo duas xícaras de água morna para os homens, colocando-as na mesa de centro com um sorriso acolhedor. Em seguida, ela se preparava para ir buscar algumas frutas para servir.

Bruno, percebendo a intenção da esposa, a puxou gentilmente para se sentar ao seu lado no sofá.

- Querida, não precisa se preocupar com ele. João é praticamente da casa. Ele sabe onde está tudo, se quiser alguma coisa, ele mesmo pega.

João, sentindo-se um pouco constrangido, acenou com a cabeça e sorriu timidamente.

- Isso mesmo, Aurora. Estou mais que acostumado com essa casa.

Desde que João havia chegado, Bruno mantinha uma expressão fechada, como se estivesse lidando com um problema insolúvel. A atmosfera estava tensa e João não queria agravar a situação, especialmente porque sabia o motivo do mau humor do amigo.

Bruno, finalmente, quebrou o silêncio com uma pergunta direta e incisiva:

- Então, a Dalila ainda não foi embora?

João suspirou fundo, como se aquele fosse o momento que ele temia desde que entrou na casa.

- Não, Bruno. Ela ainda está lá e, pelo jeito, não tem intenção de sair tão cedo. Minha mãe está completamente encantada por ela. Liga para mim quase todos os dias, pedindo que eu leve Dalila para passear ou jantar. Sempre uso o trabalho como desculpa para escapar.

João assentiu, seu rosto assumindo uma expressão triste.

- Sim, exatamente. Minha mãe vê em Dalila uma parceira ideal, mas para mim, ela não é a pessoa certa. Eu nunca senti nada por ela.

Bruno sugeriu, tentando encontrar uma solução:

- Se quer que ela vá embora, por que não leva uma outra mulher para casa? Isso pode afastar ela.

João suspirou novamente, seu desânimo evidente.

Bruno e Aurora trocaram olhares de espanto e resignação.

Tentando aliviar o clima, João propôs com um sorriso forçado:

- Bruno, só vou ficar alguns dias aqui. Não acho que Dalila vai resistir por muito tempo.

Bruno olhou para o amigo com uma expressão severa, mas não pôde deixar de sorrir diante da cara de pau de João.

- Você já trouxe até sua mala. O que mais posso dizer? Fique o tempo que precisar. Aurora e eu vamos voltar para o Condomínio Rosa amanhã.