Irritado, Bruno disse:
- Você espera que eu fique de cara amarrada? Por que eu faria isso? Mesmo que Aurora me chamasse de boboca na cara, o amor é entre tapas e beijos, ela só me repreenderia se me amasse. Se não sentisse nada por mim, não perderia seu tempo, até mesmo para olhar para mim, muito menos me repreenderia. Como posso rasgar o primeiro desenho que minha esposa fez para mim? Vou emoldurá-lo e guardá-lo com carinho. Quando envelhecer, vou pegar para admirá-la com um sentimento de pura nostalgia.
Paulo revirou os olhos, dizendo:
- Papo furado! Eu duvido que você vai emoldurar esse desenho.
Bruno respondeu em voz baixa:
- Eu não só vou emoldurá-lo, como vou pendurá-lo no nosso quarto de casal e olhar para ele duas vezes todos os dias, de manhã e à noite.
Para lembrá-lo de não ser tão mesquinho o tempo todo, de não brigar com ela por coisas pequenas.
De não deixá-la brava, triste ou fazê-la chorar.
Paulo fez biquinho:
- Se atreveria a pendurá-lo na parede de seu escritório?
- Por que eu o penduraria lá? Minha esposa desenhou aquilo para mim, é uma intimidade nossa, não deixarei que pessoas de fora o vejam. É melhor você esquecer completamente do conteúdo do desenho. Chega de conversa, vou reabastecer o meu sono.
Ele não havia descansado bem nos últimos três dias.
- Vá dormir. – Disse Paulo antes de desligar.
Ele achava que Bruno não conseguiria entender o significado profundo do desenho e ligou especialmente para zombar um pouco dele.
Mas ele não esperava que Bruno não apenas percebesse o significado, mas também conseguisse inverter totalmente o significado das coisas e se exibir para ele, que era o solteirão do pedaço, o profundo amor do casal.
Tinham mesmo que ser marido e mulher, ambos tinham um raciocínio bem excêntrico.
Aurora não sabia que Bruno tinha voltado correndo durante a noite porque ela tinha ido beber, muito menos que ele agora estava voando de volta para continuar a viagem.
Ela foi acordada por um toque ininterrupto de celular.
Acordando e sentindo uma dor de cabeça lancinante, ela segurou a cabeça e pegou o celular para atender a chamada.
- Srta. Aurora, sou eu, você está acordada? Pode vir abrir a porta para mim?
- Ah, é a Dona Izete. Claro, espere um pouco, vou sair e abrir a porta agora.
Aurora olhou em volta uma vez para ter certeza de que havia acordado em sua casa, imaginando que Stella a havia trazido de volta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casamento Rápido, Marido Rico
kd os capítulos restante ....
O que houve??? Ansiosa por mais capítulos 😜...
Estou amando muito essa obra e como se estivesse dentro da história,acordada até agora, pena que não tem mais capítulos...