Casamento relâmpago, marido misterioso se revela um bilionário romance Capítulo 22

Gustavo, sem levantar a cabeça, falou:

- Você deveria estar no cartório agora.

Viviane respirou profundamente e sentou-se à frente de Gustavo.

- Você não pode retirar seu investimento, e eu também não vou me divorciar.

Gustavo levantou a cabeça e sorriu:

- Viviane, você sabe o que está dizendo?

- Tenho plena consciência. - Viviane falou, equilibrada. - Descobri hoje que a família Ribeiro mantém sua dignidade graças à família Barros. Pedir um de meus rins não seria exagero.

Ao dizer isso, ela baixou a cabeça e sorriu, tocando seus lábios vermelhos:

- No entanto, pedir a minha vida para que você possa estar com Débora é ir longe demais.

Gustavo franziu as sobrancelhas e disse:

- Viviane, não me atribua falsas acusações. Quando eu quis que você morresse...

Viviane acenou com a mão, interrompendo Gustavo:

- O dinheiro investido no Grupo Ribeiro é seu, você tem todo o direito de retirá-lo. Mas você deveria dar à família Ribeiro um tempo para respirar. Calculei que, com cinquenta milhões de reais no balanço da empresa, poderíamos continuar por algum tempo. Espero que você possa me conceder duas semanas para reunir esse dinheiro.

Gustavo deu uma risadinha:

- Duas semanas? Cinquenta milhões de reais? Viviane, você realmente é uma princesinha em sua torre de marfim, pensando que o mundo gira em torno de você.

- Você vai me dar esse tempo ou não?

O olhar de Viviane se fixou nos olhos de Gustavo, firme como nunca. Era a primeira vez que ele via esta versão forte dela.

Algo em seu coração saltou inesperadamente.

Ele desviou o olhar rapidamente e disse:

- Viviane, você sabe o que eu quero. Na verdade, tudo isso poderia ter sido evitado. Casando-se comigo, doando o rim para a Débora e mantendo distância dos nossos assuntos, você poderia viver uma vida tranquila como uma mera figura decorativa. Mas você escolheu se casar com um pobretão...

A expressão de Viviane mudou abruptamente e ela disse friamente:

- Você não tem o direito de julgá-lo.

A defesa veemente dela incomodava Gustavo.

- Mas não é...

Viviane inspirou bruscamente, seu rosto empalideceu, e após um longo silêncio, ela finalmente assentiu.

Muito tempo depois que ela partiu, Ricardo emergiu da sala de descanso.

Observando Gustavo, desolado em sua cadeira de executivo, um leve sorriso se formou nos lábios de Ricardo.

Ele tinha ouvido cada palavra que Viviane e Gustavo haviam trocado, especialmente aquela sobre ele não ter o direito de julgá-lo.

- Tio? - Gustavo, percebendo Ricardo, chamou-o, cansado. - Você ouviu tudo?

Ricardo acenou com a cabeça.

Gustavo retrucou sarcasticamente:

- Uma mulher presunçosa. Ela vai descobrir daqui a duas semanas o que acontece quando alguém me enfrenta.

O sorriso de Ricardo se alastrou, mas ele não disse nada.

Gustavo de repente se lembrou de algo e perguntou:

- Aliás, tio, ouvi dizer que você vai apresentar a tia ao avô mês que vem? Poderíamos encontrá-la antes de vocês irem vê-lo?