Casamento relâmpago, marido misterioso se revela um bilionário romance Capítulo 299

Ricardo abraçou Viviane, quase adormecida, e a levou de volta para a mansão. Após um banho e após trocar suas roupas, ele a cobriu com um cobertor e só então foi para o escritório, onde ligou o computador. A luz azul pálida brilhava sobre seu rosto, mas o olhar de Ricardo estava fixo nos dados sobre Sr. Igor, trazidos por Joaquim. Por um momento, ele levantou a mão e pressionou uma tecla do teclado.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Joaquim batia nas teclas do seu computador, lançando um olhar para Vitor, que bebia sozinho atrás dele.

- Não era para você me convidar para uma bebida? Por que sinto que é mais para você mesmo?

Vitor permaneceu em silêncio, continuando a beber sozinho.

Joaquim largou o mouse, deixando o computador funcionar sozinho. Ele se sentou ao lado de Vitor:

- O que aconteceu? A garota não se interessou por você?

Joaquim sabia sobre o encontro arranjado que a família Cabral havia organizado para Vitor.

Vitor tomou um gole de bebida, meio amargo:

- Eu vi Viviane.

Joaquim esperava por isso.

Vitor bebeu mais um pouco:

- Ela estava com o marido. Toda vez que ela fala sobre ele, aquele orgulho e felicidade... Eu só queria saber, que tipo de homem a fez mudar tanto desde nossa infância?

Pela primeira vez, Joaquim viu dor no rosto de Vitor. Ele ficou surpreso e deixou sua postura brincalhona de lado:

- Nós nos conhecemos há tantos anos. Por que nunca falou dela antes?

- Não tinha o que falar. - Vitor deu um sorriso amargo. - Quando éramos crianças, ela iria se casar com Gustavo. Quando descobri que ela havia rompido com Gustavo, ela já estava casada. Talvez Viviane e eu fossemos destinados a não ficar juntos.

Vitor, talvez por causa da bebida, parecia mais solto e vulnerável, com as pernas esticadas de forma descuidada.

Joaquim acompanhou Vitor em silêncio, bebendo mais um gole:

- Talvez você devesse tentar com outra pessoa?

- É o que eu pensei, por isso fui ao encontro. Mas lá, ouvindo Nicole falar sobre suas irmãs, as novas bolsas e sua experiência de intercâmbio, sabe o que eu estava pensando? - Joaquim sabia que ele precisava desabafar, então ficou em silêncio, ouvindo. - Eu pensava no que Viviane estaria fazendo. Se fosse ela sentada à minha frente, o que ela diria? Talvez ela não dissesse nada...

Nesse momento, o computador emitiu um som repentino.

Vitor parecia ter sido ativado por um botão de clareza, parando de falar. Ele levantou a cabeça para olhar o computador. Joaquim colocou a garrafa de vinho de lado, caminhando em direção à mesa do computador, enquanto explicava:

- Você não me pediu para verificar por que o Sr. Igor, um lutador de UFC, estava dirigindo para Viviane? Estive pesquisando sobre todos os aspectos da vida dele nos últimos dias.

Ele pressionou uma tecla no teclado:

- Quer vir aqui dar uma olhada na vida dele?

Vitor balançou levemente, mas conseguiu se estabilizar e caminhou até atrás de Joaquim. Ele ainda estava lúcido, mas não conseguia ver claramente as palavras na tela do computador. Joaquim aumentou o tamanho da fonte antes de deslizar o mouse:

- Interessante, esse cara estudou na mesma escola que Viviane. - Enquanto falava, ele rolava a tela para baixo, seu rosto ficando cada vez mais perturbado.

Vitor, apoiando-se no encosto da cadeira de Joaquim, olhava para as palavras na tela, ficando cada vez mais pálido até não conseguir mais segurar e correr para o banheiro para vomitar.

Vendo isso, Joaquim correu para pegar remédio para ressaca no armário de medicamentos. Na sala de estar, a tela do computador ainda estava silenciosamente erguida.

...

Viviane acordou cedo no dia seguinte, preparando todos os documentos necessários antes de se sentar à mesa de jantar. Ricardo estava sentado à sua frente:

- Quer que eu vá com você?

- Não precisa. - Viviane rejeitou a oferta sem hesitar. Não era que ela achasse Ricardo inadequado, mas ela conhecia bem o caráter das pessoas do Grupo Ribeiro. Se eles vissem Ricardo, certamente não perderiam a chance de zombá-lo.

Viviane não queria que Ricardo ouvisse tais palavras.

Com a eleição do novo presidente acontecendo hoje, Viviane percebeu uma mudança na atmosfera assim que entrou: todos estavam animados, uma diferença marcante em relação ao desânimo dos dias anteriores. No entanto, os olhares se tornaram hostis quando pousaram nela. Ignorando-os, ela seguiu diretamente para a sala de reuniões.

A sala ainda estava vazia, exceto por alguns funcionários preparando chá e café. Entre eles estava Raquel, que, ao ver Viviane, zombou sarcasticamente:

- Chegou tão cedo, tem medo de perder e nunca mais poder entrar no Grupo Ribeiro?

Sua provocação provocou risadas entre os presentes. Mas Viviane manteve a compostura:

- Quem deve temer não sou eu, mas sim você, que talvez não tenha mais a chance de entrar no Grupo Ribeiro.

Raquel, surpresa, tentou rir disso:

- Grandes palavras. Como eu, uma funcionária da empresa, não poderia entrar no Grupo Ribeiro?

- Porque... - Viviane, em seus saltos altos, aproximou-se de Raquel, sorriu e falou pausadamente. - Minha primeira ação como presidente será demiti-la.

Raquel empalideceu, mas antes que pudesse responder, Débora, cercada por alguns acionistas, entrou. Ao ouvir Viviane, ela não pôde deixar de comentar:

- Que confiança, prima.

Viviane desviou o olhar de Raquel para Débora, que estava acompanhada por dois apoiadores e pelo pai de Hélder. O pai de Hélder, ao ver Viviane, sorriu levemente, um sorriso que parecia zombar da ingenuidade dela. Viviane, inabalável, respondeu para Débora:

- Eu tenho total confiança em mim mesma.

Débora passou por Viviane e sentou-se na posição mais alta da sala:

- Confiança não é suficiente, o que importa é a habilidade.

- Exatamente.

Viviane sorriu sutilmente, sentando-se diretamente em frente a Débora. Logo, os outros dois acionistas chegaram. Hesitantes, eles acabaram se sentando ao lado de Viviane. Assim, antes mesmo da votação começar, as alianças na eleição já estavam claramente definidas.