Casamento Relâmpago Provocativo: O Poderoso Magnata que a Mima Loucamente romance Capítulo 169

Henrique sentiu a tensão do corpo se dissolver lentamente enquanto se virava para encarar a cena diante dele. Carolina, completamente encharcada, da cabeça aos pés, sorriu suavemente. Suas sobrancelhas e olhos delicados pareciam ainda mais pálidos, mas sua beleza permanecia inegável, uma dama frágil e graciosa.

Henrique a fitou intensamente, seus nervos que estavam à flor da pele finalmente relaxaram. Ao mesmo tempo, o medo e o arrependimento que dominavam seu coração começaram a se dissipar.

- Você está bem... – Ele murmurou para si mesmo enquanto tirava o casaco e se aproximava dela com uma voz que nunca usara antes. - Como você conseguiu escapar?

Carolina apontou para Danilo, ao seu lado:

- Ele me resgatou.

Patrícia arregalou os olhos, visivelmente enfurecida:

- Pai, por que você arruinou meu plano?

Danilo, com voz grave, repreendeu:

- Você tem noção do que estava fazendo!? Se algo tivesse acontecido com ela hoje, você seria uma assassina, e sua vida estaria destruída!

Na noite anterior, ao chegar em casa, Danilo notou que sua filha estava agindo de maneira estranha, ele ficou preocupado com a possibilidade de algo dar errado. No entanto, ele nunca imaginou que ela tentaria afogar Carolina.

- Mas pai....

- Se você morrer, como vou explicar para sua mãe!? Não diga mais nada, vá se desculpar com Carolina agora!

Henrique lançou um olhar gélido, sua imponente estatura e presença dominante causando arrepios nas pessoas. Danilo ficou sério, ciente da gravidade da situação. Ele ordenou a Patrícia com voz firme:

- Ajoelhe-se!

Às vezes, a dignidade é preciosa, valendo mais do que mil barras de ouro, enquanto em outras situações, é inútil, incapaz de comprar sequer um pedaço de pão. Infelizmente, Patrícia não compreendia essa lição.

- Quem comete um crime deve arcar com as consequências; tentativa de homicídio leva à delegacia. Como a polícia vai lidar com isso é problema deles.

- Não, não pode ser assim. Paty ainda é muito jovem, tem apenas vinte e oito anos. Levá-la para a delegacia seria mais insuportável do que deixá-la morrer. - Danilo sentiu as pernas tremerem, suplicando amargamente. - Ela é minha única filha. A mãe dela faleceu durante o parto, e Patrícia é a única lembrança que ela me deixou.

Uma jovem de vinte e oito anos.

Normalmente, Carolina teria rido diante dessa afirmação, mas agora, ela não conseguia encontrar motivos para sorrir. Naquele momento, ela entendeu a arrogância de Patrícia, pois ela tinha um pai que a amava e cuidava dela de forma tão fervorosa.

Carolina sentiu um toque de injustiça, algo que nunca tinha sentido ao comparar o amor de outra pessoa por seu pai. Ela também desejava ter um pai que a amasse daquela maneira, alguém que proporcionasse amor que ela merecia, o calor de um lar. Patrícia era verdadeiramente afortunada.

Carolina virou o rosto, enxugando discretamente as lágrimas que teimavam em aparecer nos cantos de seus olhos. Ela respirou fundo:

- Contanto que o Grupo Souza concorde em encerrar a parceria com o Grupo Mendonça e pague a multa pelo rompimento do contrato de representação do Caio, considerarei que isso nunca aconteceu.