Case-se comigo romance Capítulo 130

Os carros passavam pelas ruas, prédios, árvores, dando uma visão embaçada que me encantava no espaço fora do carro. Minha mente se movia de um lugar para outro, atordoada, e o turbilhão de pensamentos corria rápido e amplo, tornando difícil para mim ficar quieta. Eu podia sentir o pânico tomando conta de mim a cada pensamento, mas eu o segurava, certificando-me de respirar quando precisava e suspirar profundamente quando necessário.

Como Nate poderia aparecer de repente? Por que ele tinha que aparecer agora? Era tão injusto que ele tivesse caído do céu quando eu havia acabado de encontrar a felicidade, encontrar Jordan, encontrar um marido e finalmente haver um traço do que o amor poderia ser. Talvez eu estivesse pensando demais, especialmente porque o que eu e Jordan tínhamos poderia não ser amor, mas eu estava esperando. Balancei a cabeça com esse pensamento e tentei pensar em outra coisa. Não, eu estava realmente indo longe demais. Desviei minha atenção do espelho para Jordan. A luz da rua ajudava a lançar uma sombra em seu rosto, mas eu podia ver seu rosto claramente. Seu cabelo estava ficando mais comprido e, mais uma vez, cobria parte de seu rosto, minha mão coçava para passar a mão por ele e o pensamento de acariciar seu rosto seguia. Seus olhos estavam me olhando com preocupação e a beleza dentro daqueles olhos dele me fazia sentir calor por todo o corpo. Poderia realmente haver algum amor entre nós? Balancei a cabeça novamente com esse pensamento e desviei o olhar. Voltei minha atenção para a estrada e apoiei o queixo no cotovelo enquanto meus pensamentos voltavam para Nate. Nate, que era Nathan. Como ele poderia ser primo de Jordan quando nem mesmo se chamava Chase? Ou talvez ele fosse um primo do lado da mãe dele. Qualquer que fosse o parentesco dele, eu estava enlouquecendo com o pensamento de como meu ex e meu marido tinham parentesco sanguíneo. Jordan sabia? Eu não acho que ele sabia, se soubesse, teria dito algo e Nathan não teria agido daquela maneira então.

Lembrei-me daquele olhar nos olhos dele. Aquele olhar de dor misturada com raiva. Ele ia me repreender, algo que ele nunca tinha feito. Eu realmente o machuquei e assumi toda a culpa por isso. Tiana estava certa. Eu deveria tê-lo ligado, como eu poderia não tê-lo ligado para pedir desculpas, para me explicar melhor, para dizer que nunca tive a intenção. Eu estava me sentindo tão culpada, que nem ousava pensar nele. Sem mencionar os inúmeros obstáculos que enfrentei desde o início deste casamento. Eu havia acabado de encontrar uma espécie de paz e tranquilidade. Eu não tinha mais tantas coisas me preocupando e era uma oportunidade para pensar em Nate. Mas Jordan ocupou esse espaço, ele tomou conta dos meus pensamentos, não havia tempo para realmente pensar nele. Suspirei profundamente enquanto a dor cutucava meu coração. Eu estava apenas arrumando desculpas, certo? Eu tinha feito errado, não importa como eu dissesse ou o que eu fizesse. Eu tinha feito errado e merecia toda a raiva que ele tinha por mim. O problema era simplesmente, o que eu deveria dizer a Jordan?

-Oi...- A voz suave de Jordan me tirou dos meus pensamentos miseráveis no último momento. Então, seu polegar acariciou gentilmente minha bochecha e o calor disso me fez querer me aproximar mais dele.

-Você está bem?- ele perguntou. Sua voz nunca perdeu a ternura e a forma como ela mexia com meu coração me fez virar para ele. Seus olhos estavam cheios de preocupação e ternura, que dilaceraram meu coração de culpa.

-Sim...- Forcei um sorriso.

-Não minta para mim,- ele sorriu tristemente, -ninguém gosta de mentiras.- Engoli em seco e tentei desviar o olhar dele, mas ele colocou a mão no meu queixo e se certificou de que eu não desviaria o olhar. Ele me encarou, olhando diretamente nos meus olhos enquanto meu coração começava a bater rápido dentro do peito. Isso era demais para mim. Deveria contar a ele? Deveria contar a ele que namorei seu primo e o deixei porque tive que me casar com ele? Mas o que ele pensaria de mim depois disso? Eu não queria contar a ele, não queria voltar ao ponto de partida quando ambos tínhamos chegado tão longe para tornar esse relacionamento o que era. Eu não queria que ele me visse de forma diferente, a ternura em seus olhos e a forma como ele cuidava de mim. Chame isso de egoísmo, mas eu não queria que nada mudasse. E tinha medo de que mudasse se eu contasse a ele.

-Não é nada, mesmo,- minha voz saiu baixa em comparação com o que eu queria que soasse. Ele me encarou por um tempo e sorriu tristemente, então afastou a mão do meu queixo.

-Você está mentindo para mim, Genesis...- ele olhou para o lado e se afastou um pouco de mim. Meu coração afundou e um nó se formou no meu estômago com a repentina distância e mudança. Fiquei olhando para ele por um tempo, meu coração sangrava e eu odiava o espaço entre nós. Talvez eu pudesse contar a ele, talvez não houvesse nada a temer.

-Você está realmente disposta a arriscar isso?- meus pensamentos me questionaram e abaixei o olhar. Eu não estava pronta para arriscar em um talvez. Minha vida era muito bonita para ser arruinada por mim mesma. Jordan não tinha sido nada além de perfeito e eu nunca gostaria que ele voltasse a ser indiferente comigo. Afastei esse pensamento da minha cabeça e pensei no que diria a ele em vez disso. Eu ia mentir novamente. A ideia me fez fazer uma careta e a tristeza me inundou pelo que eu estava prestes a fazer, mas eu tinha que fazer algo.

-Desculpe...- murmurei quando uma ideia surgiu instantaneamente em minha cabeça. Minhas bochechas ficaram vermelhas e minhas coxas esquentaram apenas com o pensamento. Não era mais uma mentira se eu realmente pudesse sentir dessa maneira, certo?

-Só estou nervosa...- acrescentei. Então esperei por uma reação dele, mas por um tempo, ele não disse nada para mim. Mas seu olhar estava fixo em minha pele, vibrante e penetrante.

-Nervosa?- ele finalmente falou.

-Estamos indo para casa...- virei lentamente para ele. O simples pensamento de seus lábios nos meus de repente tirou todos os meus medos e nervosismo em relação a Nate, e me vi sendo empurrada para um dilema totalmente diferente.

-Sim...- A expressão de Jordan não mudou, mas seus olhos se arregalaram de compreensão e um brilho agudo passou por aqueles olhos dele. Minhas bochechas esquentaram quando percebi que ele estava de volta e ele realmente queria que eu explicasse. Como ele poderia ter se revelado tão travesso? Baixei o olhar e tentei me controlar. Eu estava ficando anormalmente excitada por ele e isso definitivamente era algo novo e assustador.

-Nada...- terminei quando percebi que não conseguia mais dizer nada. Enquanto estávamos no baile, eu podia falar, brincar ou provocá-lo como quisesse, mas isso era porque estávamos em público e nada poderia acontecer. Agora, estávamos indo para casa, eu não conseguia imaginar o que ele faria comigo. Não havia tempo para brincar com essas coisas.

-Nada... sério?- ele respondeu mais animado. Ele nem conseguia esconder o divertimento em sua voz.

-Venha aqui...- sua mão serpenteou em volta da minha cintura e ele me puxou para mais perto dele. Meu coração disparou e eu fiquei ainda mais quente e tentei me afastar dele. Mas ele me segurou firmemente e de repente me levantou e me colocou em seu colo.

-Meu Deus... por que você está fugindo? Onde está a garota corajosa que estava realmente no baile comigo?- ele provocou. Eu fiquei vermelha e desviei o olhar dele, me fazendo a mesma pergunta que ele acabara de me fazer. Talvez eu o tivesse provocado demais. Mas pelo menos eu não estava mais pensando em Nate e ele não estava mais desconfiado de mim. Isso era uma coisa boa, se eu não estivesse tão nervosa em relação ao sexo.

-Me solte...- tentei sair de seu colo, mas seu aperto em minha cintura estava firme e forte, eu nem conseguia me afastar dele.

-Jordan...- gritei, sentindo mais pânico na situação enquanto tentava me afastar dele.

-Ei... fique quieta...- ele rosnou. Sua ordem me fez ficar vermelha e quente e ficar quieta instantaneamente quando minha mente registrou que ele tinha um pequeno Jordan júnior que estaria tão chateado agora.

-Boa garota...- ele riu da minha obediência. Eu lancei um olhar furioso para ele, o que o fez rir ainda mais. O som dele sendo daquele jeito aqueceu meu coração e eu pensei em ouvi-lo rir assim por muito tempo. Ele envolveu a mão em volta da minha cintura e até apertou gentilmente minha cintura. Meu estômago se contraiu e eu me encolhi com o aperto repentino. Como se isso não bastasse, ele deu um beijo em meus ombros e depois outro em meu braço. Seus lábios quentes eram cócegas contra minha pele e eu ri um pouco com isso. Quando ele ficou satisfeito, ele se afastou de mim e relaxou em seu assento. Eu o encarei, ainda sentada em suas coxas, e encontrei um sorriso em seus lábios. Assim como ele tinha feito a noite toda.

-Eu já te disse o quão linda você está?- ele perguntou de repente.

-Não...- sorri de orelha a orelha.

-Bem, querida esposa...- ele começou a brincar gentilmente com a mecha do meu cabelo que caía em meu rosto.