Case-se comigo romance Capítulo 139

GÊNESIS

Jordan franziu a testa para mim, seus olhos passando do meu rosto para algo, depois voltando para o meu rosto e saindo novamente. Ele estava nervoso e eu podia ver isso. O que poderia estar tão errado para deixá-lo nervoso? Porque o Jordan que eu conhecia nunca havia ficado tão nervoso.

-Jordan...- chamei-o novamente. Mas ele deu um passo para longe de mim lentamente, deixando-me com o frio que vinha de sua ausência. Eu odiava a distância facilmente e sentia uma sensação terrível se instalar no fundo do meu estômago quando me lembrava de todos os sentimentos que vieram com sua partida nas últimas duas semanas. Estranhamente, de repente fiquei com medo de que ele fosse desaparecer novamente e eu não pudesse mais sentir o calor dele.

-Jordan...- comecei a me aproximar dele e envolvi minhas mãos em sua cintura. Não porque eu realmente quisesse convencê-lo a me contar o que o deixava nervoso, mas porque eu odiava a distância. Somente quando senti seu cheiro e quando o calor do seu corpo acariciou minha pele, é que me senti um pouco melhor.

-Agora, o que há de errado com você?- voltei ao assunto anterior e olhei para o rosto dele. Ele ainda não estava olhando para mim e isso estava começando a me deixar nervosa.

-Você está escondendo algo de mim?- franzí a testa.

-Não...- ele se virou para mim e balançou a cabeça.

-Mas você está agindo estranho. O que há de errado com o seu peito?- tentei tocar seu peito novamente, mas ele segurou minha mão com força, até demais, doeu um pouco e me impediu de tocá-lo. Seus olhos se arregalaram e ele imediatamente me soltou e se afastou.

-Desculpe,- ele murmurou enquanto eu esfregava minha mão em volta do meu pulso. As coisas estavam estranhas entre nós e eu não gostava disso, nem um pouco. Ele nunca me machucou assim. Bem, ele já machucou, mas foi há muito tempo, quase séculos atrás, e não parecia que isso já tinha acontecido antes.

-Você pode começar a se desculpar me contando o que está escondendo.- retruquei.

-Não é nada...- ele respondeu. Eu o encarei, me perguntando por que ele estava agindo de repente tão estranho. Algo aconteceu com ele enquanto ele estava fora? O que poderia ter acontecido?

O medo voltou a me dominar quando pensei em como o banquete havia terminado. Foi tão perfeito e eu acreditaria que nosso relacionamento havia melhorado. Mas agora, eu não estava mais tão certa. Meu coração afundou e parei de encará-lo e olhei para o lado. Talvez ele não tenha gostado do que aconteceu, talvez ele tenha se arrependido, talvez eu estivesse pensando à frente. Eu estava começando a me sentir estúpida. Duas semanas de miséria e isso foi o que eu recebi em seu retorno, segredos e não poder tocá-lo. Essa ideia nem mesmo me agradava. Não poder tocá-lo, guardar segredos ou até mesmo nos afastar. Meu coração se partiu com esse pensamento e o medo me envolveu, sufocando-me lentamente. Eu não queria ficar longe dele, não queria que ele fosse embora, não queria perdê-lo.

-Gênesis...- Ele me chamou, sua voz baixa e suave, me instigando a olhar para ele. Mas eu não o fiz, eu queria sair porque estava mais assustada com o que ele diria a seguir. Sem esperar por mais conversas dele, virei na direção de onde eu tinha vindo e comecei a caminhar em direção a isso.

-Gênesis...- Jordan me chamou.

-Eu estarei apenas no meu...- tentei responder, mas não consegui pronunciar a palavra quando seus braços fortes seguraram meu braço. A sensação de seu toque fez um arrepio percorrer minha espinha e apenas perceber seu perfume, perfume e sabonete juntos relaxou todos os meus nervos e corpo. Isso me fez querer correr até ele e fazer com que ele me abraçasse até que eu não pudesse sentir mais nada. Como eu estava começando a desejar esse homem. Mas eu não fiz isso, porque estava com medo do resultado, especialmente com essa mudança nele. Talvez ele tivesse mentido para mim? Ele poderia ter encontrado Samantha e talvez não me quisesse como eu pensava. Talvez eu estivesse me enganando todo esse tempo.

-Ei...- ele me puxou para mais perto e deu um beijo na minha testa.

-Sinto muito. Eu não queria te deixar chateada...- ele falou e me fez virar para ele. Eu não disse nada e tentei não olhar para ele, mas olhar para o chão não ajudou porque eu podia ver sua toalha, sua cintura e um pouco de sua masculinidade. Em vez disso, olhei para o lado e me virei para a cama como se fosse a coisa mais importante para ver.

-Olhe para mim,- ele acariciou gentilmente minha bochecha, me instigando a olhar para ele, me instigando a me inclinar para ele, mas eu não o fiz.

-Sinto dor na área do meu peito devido a um acidente leve que tive,- ele disse novamente. Minha cabeça se virou instantaneamente para ele e minha mandíbula caiu.

-Você teve um acidente...- todo o medo e preocupação que eu tinha desapareceram. Agora eu estava olhando para seu peito masculino e nu com bile subindo do fundo do meu estômago.

-O que aconteceu? Como? Quando?- meu pânico começou. Levantei minha mão para tocar seu peito novamente, mas parei quando lembrei que ele sempre sentia dor quando eu fazia isso. No entanto, Jordan não fez nenhuma tentativa de explicar nada e quando finalmente olhei para ele, encontrei aqueles olhos castanhos me encarando com um sorriso nos lábios. Ele pegou minhas duas mãos que ainda estavam suspensas no ar e segurou-as nas dele, então ele deu um beijo nas costas de ambas as minhas mãos e arrepiou minha pele. No entanto, eu não entendi o que ele estava fazendo porque eu tinha feito uma pergunta.

-Só de ver o quanto você está preocupada é o suficiente para nunca te deixar ir,- ele disse e me encarou diretamente nos olhos.

-Eu sou sua esposa, não deveria ser assim?- retruquei.

-Sim, você é, querida...- ele me puxou para mais perto e deu um beijo na minha testa.

-Como você...

-Não é esse tipo de acidente. Foi apenas um golpe no peito,- ele interrompeu antes que eu expressasse meus pensamentos.

-Um golpe...

-Ei... pare com isso,- ele beijou meu nariz, me impedindo de falar. Eu franzi a testa, não esperava que ele fizesse isso. Então ele riu.

-Podemos não falar sobre as duas semanas em que estive fora?- ele acrescentou quando terminou e eu franzi ainda mais a testa.

-Eu não dormi com ninguém, se é isso que você está pensando. Nada de ruim aconteceu enquanto eu estava fora-, ele entrou antes que eu pudesse falar. Meus lábios se curvaram em um sorriso porque era exatamente o que eu estava pensando. Por que ele não queria falar sobre o tempo em que esteve fora? Ou será que aconteceu algo?

-Estou aqui com você. E eu preferiria passar tempo com você, porque senti sua falta-, ele se aproximou e me deu outro beijo na cabeça.

-Senti sua falta.

-E o céu sabe o que farei com você quando não estiver mais machucado-, sussurrou, segurou meu rosto e me deu um beijo nos lábios. Minhas bochechas ficaram tão quentes que não consegui mais senti-las. Mas provocativamente, dei um tapa em sua mão e abri os olhos mesmo quando queria muito aquele beijo.

-Você não pode me tocar até que eu possa te tocar-, olhei para o rosto dele, que estava a centímetros do meu. Seus olhos estavam arregalados e por um momento ele parecia chocado.

-Mova-se...- virei para que pudesse deitar de lado, dando as costas para ele, enquanto suprimia o sorriso nos lábios.

-Espera... o quê?

-De jeito nenhum-, ele se recuperou rapidamente e passou o braço em volta da minha cintura, me puxando para ele e me segurando com força. Eu gritei e tentei me afastar dele, mas ele me segurou firmemente, se recusando a me soltar, não importa o que eu fizesse. Em vez disso, ele apertou ainda mais o abraço ao meu redor e me pressionou com mais força contra ele, depois mordeu minha orelha. Eu gritei de dor, no entanto, ele a beijou, fazendo a dor desaparecer quase instantaneamente.

-Agora, vamos dormir-, ele instruiu e eu concordei. Parei de lutar e relaxei nele, querendo dormir também. Não foi tão difícil fazer isso, já que seu cheiro, calor e presença me atraíam.

O silêncio caiu sobre nós quase imediatamente e sua respiração tranquila me disse que ele já estava dormindo. Fechei os olhos e me entreguei ao sono, desejando que sempre fosse assim.

-Genesis...- a voz rabugenta de Jordan de repente veio de trás, me assustando.

-Pensei que você estivesse dormindo-, murmurei.

-Eu não consigo...- ele respondeu, me fazendo franzir a testa, mas também me senti tão sonolenta.

-Por quê?

-O Nate veio mais cedo, certo?- Sua pergunta repentina me fez estremecer. Meu coração começou a acelerar e meus pensamentos se espalharam. Por que ele estava me perguntando isso? Ele já sabia?

-Certo?- ele insistiu quando eu não disse nada.

-Não... não...- minha resposta saiu da minha boca sem raciocínio.