Case-se comigo romance Capítulo 36

GÊNESIS

-Por favor... apenas me deixe ir.- Eu gritei para meu captor. Lágrimas escorriam pelo meu rosto e meu coração batia mais forte no peito. Eu podia sentir minha respiração ficando curta quanto mais eu gritava e chutava contra meu captor. Mas ele estava determinado a não me soltar, ele cravou suas unhas nos meus braços e me causou ainda mais dor do que já havia me causado. Minha pele estava machucada e ensanguentada. Eu estava no chão e tudo parecia embaçado aos meus olhos. A única coisa que registrava em minha mente era a dor em meu corpo implorando para ser deixada em paz. Eu não estava tão certa de que poderia suportar mais da tortura, era simplesmente demais para mim suportar de uma vez só.

Lentamente, senti suas mãos em minhas coxas, percorrendo seu dedo por toda a minha perna, então ele se moveu para cima, sentindo cada parte do meu corpo sem qualquer forma de restrição minha e batendo em minha pele como forma de me torturar ainda mais. Lentamente, virei meus olhos para olhar seu rosto, ele tinha um sorriso maligno e me deu um tapa no rosto. Imediatamente, senti o gosto de sangue em minha boca e a chuva de minhas lágrimas aumentou.

-Por favor...- implorei, mesmo sabendo o quão inútil era. Ele riu e circulou sua mão em volta do meu pescoço. Então senti minha respiração me deixando e meu corpo fraco lutando contra ele. Eu me debatia, ignorando a dor que sentia por todo o corpo para que ele me soltasse, eu apenas continuava me debatendo, procurando maneiras de recuperar minha respiração. Minha respiração estava se esvaindo lentamente e eu não conseguia encontrar ar, seu aperto em meu pescoço era muito forte e ele estava determinado a me matar.

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-Gênesis... ei... não...- Alguém me puxou para longe de seu aperto e meus olhos se abriram. Um ataque de pânico se instalou quase imediatamente e me vi de volta em meu quarto, respirei fundo e um som de chiado escapou de minha garganta. Tentei me levantar da cama, mas caí no chão sem conseguir sentir meus membros, era como se meu sangue tivesse parado de circular em meu corpo. Meu coração doía, estava quente e parecia estar sendo despedaçado, meus pulmões estavam em chamas e eu simplesmente não conseguia mais respirar. Então senti os braços de alguém ao meu redor. O perfume de Jordan encheu minhas narinas e eu congelei, reconhecendo-o. Ele poderia ser um homem ruim, mas eu estava segura com ele em comparação com os outros.

-Shhh... respire fundo.- Sua voz acalmou enquanto ele passava as mãos em meus cabelos.

-Nada aconteceu. Uma respiração de cada vez,- ele continuou. Eu me acalmei em seus braços e segui suas instruções. Respirei fundo e tentei expirar, senti o ardor em meus pulmões diminuir com a entrada de oxigênio.

-Novamente... venha, uma respiração profunda,- ele instruiu e eu fiz como me foi dito.

Continuei repetindo o mesmo processo várias vezes com sua voz em minha cabeça e seu corpo tão próximo ao meu até que eu não sentisse mais o ardor em meus pulmões. Quando minha respiração se acalmou, senti ele apertar seus braços ao meu redor depois de fazer uma respiração profunda.

O sonho que tive se repetiu em minha mente e percebi que ele não iria embora. Eu estava realmente com medo dele e até que ele fosse encontrado e preso, eu sabia que não teria paz de espírito.

Nos braços de Jordan, eu me sentia segura e simplesmente não queria sair dali. Então permaneci na mesma posição por um longo tempo sem nenhum de nós dizer uma palavra. Ele estava em meu quarto novamente e eu provavelmente deveria ter perguntado o que ele estava fazendo ali, mas ele acabara de me tirar de um pesadelo horrível e me ajudou a acalmar meus nervos. Eu não queria perguntar isso, ele estava ali e ele me ajudou, isso era tudo o que importava para mim.

Depois de muito tempo naquela posição, senti ele se afastar e colocar a mão debaixo das minhas pernas. Ele me levantou do chão como uma noiva e me colocou de volta na cama, gentilmente. Ele sentou ao meu lado na cama, em silêncio, enquanto me observava. Eu também não disse nada, simplesmente porque não sabia o que dizer e não conseguia encontrar minha voz naquele momento. Levei meu tempo e ele parecia confortável o suficiente, não parecia que ele estava indo a algum lugar ou com pressa. Então, levei meu tempo, muito tempo.

-Eu tenho que pegar todos eles. Meus sequestradores ainda estão soltos e...

-Shhh... nós vamos pegá-los, eu prometo,- sua voz saiu suave e calma, acalmou meu espírito.

-Você só precisa parar de ter tanto medo. Você está segura agora e vamos pegá-los e pegar o mentor por trás de tudo isso,- ele disse com uma determinação em sua voz que eu nunca havia ouvido antes. Sorri levemente e me deitei de lado para poder olhá-lo. Ele ainda era o mesmo Jordan, o belo príncipe da perseguição, e ele ainda parecia tão atraente mesmo quando já era tarde da noite. Mas sua atitude em relação a mim, isso era exatamente o que eu não entendia.

-Você tem um transtorno de personalidade?- Quase soltei, mas engoli de volta sabendo que eu realmente não queria dizer isso a ele. Ele poderia ter acabado me matando naquela noite. Ele encontrou meu olhar com o dele e meu coração ficou preso em minha garganta naquele momento. Isso me fez pensar. Se Samantha nunca tivesse estado na imagem, Jordan e eu provavelmente teríamos tido um casamento adorável e se mamãe Leona nunca tivesse mentido sobre as coisas, nosso relacionamento teria sido melhor. Eu sabia disso e pensei em contar a ele como acabei me casando com ele, mas decidi não fazer isso. Ele estava calmo, eu estava calma e era melhor assim.

-Vá dormir de uma vez,- ele ordenou depois de um tempo e um sorriso triste se espalhou por meus lábios. Eu não queria dormir, dormir era como o inferno para mim, o único lugar onde eu poderia ser atormentada.

-Estou bem. Você pode voltar para o seu quarto.- Eu disse, ignorando a dor em meu coração.

-Você está com medo,- ele disse e se virou para mim.

-Nada vai acontecer com você.- Ele olhou nos meus olhos. Eu lhe dei um sorriso fraco.

-Estou bem.- Eu o assegurei e ouvi ele sorrir.

-Você está me abandonando?- Sam gritou atrás de mim e eu parei e me virei para ela, seus olhos ardendo de raiva e veias saltando de sua pele. Eu queria dizer a ela o quanto eu estava arrependido e explicar por que eu saí do quarto de sua inimiga, mas o pensamento de falar tão alto e acordá-la era mais alto em meu coração e era isso que me importava.

Eu fui até onde ela estava e segurei seu braço. Ela lutou contra mim e puxou com força, mas não lhe dei chance e a puxei junto comigo até que estivéssemos longe da porta do quarto de onde eu saí. Então eu a soltei e me virei para ela. Ela me olhou com raiva, intensa e furiosa.

-Não é o que você está pensando-, eu disse calmamente.

-O que eu estou pensando. Foi aqui que você estava na outra noite e é aqui que você está novamente hoje e você me diz que não é o que eu estou pensando?- Ela gritou.

-Não, não é-, eu retruquei.

-Olha, o que quer que ela tenha passado teve um impacto emocional nela. Ela não consegue dormir sozinha porque está com medo, eu só estou...

-Não é da sua conta se ela não consegue dormir.

-O que você quer dizer com não é da minha conta, ela foi sequestrada na minha casa, como minha esposa e...-. Eu gritei e me arrependi no momento em que disse isso. Vi seus olhos se arregalarem e lágrimas começaram a correr.

-Você se importa com ela-, ela chorou.

-Você sente atração por ela-, ela acrescentou e fiquei surpreso por um momento. Tentei protestar contra o que ela disse, mas não encontrei palavras.

-Jordan, eu quero que ela saia desta casa ou eu vou embora.