Cativa do Sheik romance Capítulo 46

Desde que pisamos nos Emirados, Raed está quieto. Eu finjo examinar a paisagem árida, quando na verdade evito o olhar dele, que o tempo todo está muito intenso sobre mim. Ele parece mais austero agora. Talvez seja paranoia da minha parte, mas ele parece preocupado com algo.

À medida que o carro se aproxima dos enormes portões, estes se abrem. Eu olho para ele.

— Lindo o lugar.

Ele acena com a cabeça.

Logo vejo uma construção imponente. Uma senhora e alguns empregados nos aguardam. O palácio é realmente lindo, majestoso. As construções são interligadas por pátios e jardins.

Os empregados trajando seus uniformes vêm receber-nos. Raed sai do carro quando sua porta é aberta por um deles. Ele me ajuda a descer.

—Isabela. Seja bem vinda. —A senhora diz.

—Se apresente a ela. Isabela não se lembra de você Hamira.

Ela sorri sem graça.

—É verdade. Eu sou Hamira, a governanta.

—Prazer em conhecê-la.

Ela dá um sorriso nervoso e entra.

Os empregados o saúdam com alegria. Eles parecem gostar dele. Quando entramos na sala, sinto o frescor. É bom deixar o calor asfixiante para trás.

— Vem, vamos ao nosso quarto.

Meu coração se agita quando ele fala “nosso”. Conforme caminhamos eu tenho um sentimento estranho. Um misto de ansiedade e tristeza que eu não sei de onde vem.

Raed me olha o tempo todo com a sobrancelha erguida.

—O que foi?

—Nós fomos felizes aqui? —Pergunto enquanto caminhamos pela casa.

Raed desvia os olhos dos meus, como se buscasse alguma resposta, mas ele parece não saber qual me dar.

—Tivemos algumas intempéries. Não por causa de nós, mas alguns obstáculos.

Eu respiro fundo.

—Já sei, você não pode me dizer.

Raed me abraça.

—Não. Não quero contar nada para você. Será a minha ótica das coisas.

—E se passar o tempo eu não me lembrar? Você me contará tudo?

Raed abre a porta e segura seus olhos nos meus.

—Você se lembrará. —Ele diz. —Este é nosso quarto.

Eu entro e depois de um tempo o olho.

—Por que temos uma vida de casados? Na nossa cultura não nos casamos primeiro?

Raed funga.

—Você era mulher difícil de se conquistar. Eu estava investindo nisso para te pedir em casamento. Sinto-me até frustrado, pois nunca parece ser um bom momento.

Eu o abraço.

—Eu? Difícil de conquistar? Eu me caso.

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