Eunice realmente entendia Lucas, ela sabia o que Lucas queria.
Com uma vozinha manhosa, ela se sentiu enojada, mas Lucas estava extremamente feliz.
- Querido...
Eunice, com uma expressão de tristeza, exagerou as palavras que Jane disse e contou a Lucas, terminando com lágrimas nos olhos:
- Querido, você sabe, Nelson é tão jovem. Ele ainda não está totalmente desenvolvido. Sua filha está de olho em Nelson, até mesmo dizendo que quer que Nelson doe medula óssea. Eu não me importo de salvar André, mas Nelson tem apenas dez anos. Se ele doar o que tem em seu corpo agora, não sei quais serão as consequências quando ele crescer. Se Nelson fosse adulto, eu o levaria pessoalmente ao hospital. Mas Nelson ainda está em desenvolvimento, e se ele doar agora, não sei quais seriam as implicações.
Ela disse muitas coisas, mas nunca disse explicitamente "não doar", era aí que ela era esperta. Essas eram palavras que ela não podia pronunciar...
- Absurdo!
Lucas bateu com força o jornal na mesa:
- Essa criança imprudente da Jane, até mesmo querendo usar Nelson! Nelson é apenas uma criança de dez anos, como ele poderia doar medula óssea? Não pode doar! Definitivamente não pode doar!
Eunice estava ao lado enxugando suas lágrimas:
- Mas eu prometi à sua filha que levaria Nelson ao hospital para fazer um teste de compatibilidade de medula óssea e outros exames. Se fosse bem-sucedido, eu assinaria o formulário de doação de medula óssea.
Enquanto falava, ela se encostava em Lucas:
- Querido, depois que eu disse isso, me dei conta de que algo estava errado. Querido, o que eu deveria fazer? Se a compatibilidade da medula óssea for bem-sucedida...
Antes que ela pudesse terminar sua frase, a palma da mão que estava desenhando círculos no peito de Lucas foi presa em sua mão:
- Se for fazer o teste de compatibilidade da medula óssea, então faça, de qualquer maneira não será bem-sucedido.
- O quê?
Eunice ficou encantada por dentro, entendeu claramente o que ele quis dizer, mas fingiu não entender:
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