Ciclo de Rancor romance Capítulo 1026

Enquanto Engel colocava a comida na mesa, Deirdre acenou para ela.

― Venha Anna, sente-se e coma com a gente. ―

― Eu? ― A governanta ficou apreensiva. ― Tem certeza, Dee? Eu não acho que isso seja apropriado! Empregadas domésticas como eu não comem com seus empregadores na mesma mesa. Prefiro comer na cozinha, como faço todos os dias... ―

― Deixa disso. Brendan se preocupa com essas regras porque faz parte da criação dele, mas nós não tivemos essa criação! Somos nós três de origem humilde. Já que ele não está aqui conosco, vamos fazer do nosso jeito. Facilita a limpeza também. ―

― Exatamente! ― Ophelia entrou na conversa. ― Você não é uma criada ou trabalhadora doméstica para nós. Você é da família. E a família come junta, então junte-se a nós! Vamos! Busque talheres para você, ou prefere que eu vá pegar? ―

Os olhos da governanta ficaram pequenos com o sorriso.

― Dee, Ophelia! O que eu fiz para merecer vocês? ―

Enquanto jantavam, as três mulheres conversaram e riram bastante e, quando Deirdre se sentiu cansada e subiu para o quarto, Anna e Ophelia ainda se divertiam. Mas, como a jovem não tinha dormido bem na noite anterior, precisava muito descansar.

Infelizmente, mesmo deitada na cama, com as pálpebras pesadas demais para serem abertas, não conseguia pegar no sono. Seu cérebro se recusava a escurecer. Na verdade, ela estava tão acordada que podia discernir os sons do lado de fora, como o vento e o farfalhar das folhas...

'Espero que um deles seja o barulho do carro dele', ela pensou envergonhada.

Deirdre sabia que, no fundo, por mais que quisesse, seu coração nunca havia desistido do relacionamento. Não importava se ele era Brendan Brighthall ou Kyran Reed. Ela estava algemada ao magnata. Preocupações sempre a apequenariam simplesmente porque ela pensava nele.

Era tarde da noite quando ouviu que Ophelia tinha ido para a cama. Nada de Brendan voltar e Deirdre sabia que não conseguiria dormir, então se levantou da cama e saiu do quarto.

Engel estava sozinha, terminando de arrumar a cozinha, quando notou Deirdre descendo as escadas.

― Dee? ― ela disse, instintivamente baixando a voz para um sussurro. ― Você ainda está acordada. Está preocupado com o senhor Brighthall? ―

Deirdre estava visivelmente perturbada.

― Está estampado na sua cara. Não precisa ser tímida. ― Engel riu levemente. ― O senhor Brighthall disse que voltaria no final da tarde, mas ele não está aqui apesar da hora. É natural ficar preocupada. Oh, espere aqui. Vou ligar para o celular dele pelo telefone do hall. ―

Alguns segundos depois, Engel voltou correndo, com um cartão na mão e se pôs a ligar.

Emily viu um chamador desconhecido em sua tela e estava prestes a atender, mas estreitou os olhos e, com um sorriso cruel no rosto, apenas ignorou a chamada.

― Poxa, Dee, também não consigo falar com ela! ―

Deirdre cerrou os punhos.

― Que tal Sam? Tente falar com ele. ―

Engel obedeceu e, dessa vez, a ligação foi atendida imediatamente.

Deirdre pegou o telefone e perguntou:

― Sam, onde está Brendan? ―