Ciclo de Rancor romance Capítulo 1142

Deirdre mexeu os lábios. Ela queria dizer que, enquanto Emily ainda estivesse entre eles, eles nunca seriam capazes de ficar juntos. Mas depois de pensar sobre o assunto, não disse nada.

― Acho que está na hora de você ir para a empresa. De qualquer forma, quero conhecer sua psicóloga quando estiver livre. Quero perguntar a ela sobre sua condição. ―

Havia um olhar estranho nos olhos de Brendan quando respondeu:

― Tá bom. Vou providenciar para vocês se conheçam. ―

Deirdre disse:

― Amanhã. Marque esse encontro para amanhã. ―

Se não fosse o fato de que era muito em cima da hora e Deirdre acreditasse que a psicóloga não conseguiria um horário disponível, ela queria poder conhecer a pessoa naquele mesmo dia, senão, naquela mesma manhã. Afinal, a jovem queria saber mais sobre a condição de Brendan. Talvez esse tenha sido um dos fatores por trás da desconfiança que o magnata sentia em relação a ela.

― Tudo bem, vou providenciar para vocês conversem amanhã. ― Brendan queria segurar a mão da jovem, mas com medo de que ela fugisse de seu toque, desistiu. Antes de receber o tratamento, ele não se atreveria a se aproximar de Deirdre novamente.

― Bem... Já vou indo. ― Brendan vestiu o paletó e saiu.

Logo em seguida, Ophelia voltou para a sala, carregando uma bandeja com o café da manhã, enquanto perguntava:

― Brendan não vai ficar para o café da manhã? ―

― Não, ele tem uma reunião. ―

Com um olhar atento, Ophelia perguntou:

― Vocês se reconciliaram? ―

Deirdre tinha sentimentos contraditórios. Mas, reconciliar? Não. Eles ainda não estavam naquele ponto. Não havia uma linha que demarcasse com precisão o que acontecia entre eles, então claro aquela abertura não contava como reconciliação.

― Ainda não. ―

Ophelia sorriu.

― A relação de vocês está além da minha imaginação. Depois da briga de ontem, pensei que ia demorar um pouco para vocês dois voltarem a se falar. Não esperava que fizessem as pazes no dia seguinte. ―

Ophelia arregalou os olhos, mas esperou até engolir o que mastigava, para responder.

― Eu fiz de propósito. ―

Deirdre não esperava que aquela fosse a resposta e sua mente ficou em branco.

― Por quê? ― disse Deirdre, com um olhar frio.

― Por que você acha, Dee Dee? Você é minha filha, mas não tenho escolha a não ser ver Brendan te machucar. Se isso é apenas uma briga de amantes, então o que dizer da doutora? Brendan te deixou em casa e foi beber com ela. Só voltou no meio da noite e depois de estar completamente bêbado. Além disso, ela até veio aqui para te provocar. Como eu poderia me preocupar se ele sentiria frio? ― Ophelia suspirou. ― Eu não aguentei, então subi direto. Não pensei muito nisso. Eu só pensei que ele ficaria um pouco doente se eu não o cobrisse. ―

Deirdre ficou sem saber o que dizer, depois de uma confissão tão franca. Em sua impressão, a mãe era sempre gentil e descontraída. Ela nunca pensou que haveria um dia em que extravasaria a raiva às custas da saúde de alguém.

No entanto, o que ela fez não era despropositado. Ela era sua mãe, em primeiro lugar, e a cuidadora de Brendan, em segundo. Era normal que quisesse se vingar, depois de ver a filha sendo maltratada.

Mas... Deirdre sentiu que algo estava errado porque, em sua impressão, por mais insatisfeita que Ophelia ficasse, ela nunca faria algo assim com uma pessoa que já estava doente.