― Exatamente! ― Brendan nunca tinha gostado tanto de uma criança como gostava de Aurora. A criança sabia mesmo o que dizer e o magnata aproveitou o momento: ― Dee, leva ela para uma mesa livre enquanto eu pego a comida para vocês. Prometo que irei embora depois que você terminar sua refeição. ―
― Aceita, tia? ―
― Por favor, Dee... ―
Deirdre estava frustrada com a dupla. Ela nem teve a chance de recusar e só pôde concordar.
― Você vai embora depois que eu terminar de comer. ―
― Dou minha palavra. ― Brendan sorriu.
Animada, Aurora puxou Deirdre até uma mesa perto da janela. Enquanto esperava um atendente limpar a mesa, ela disse:
― Tia, esse é mesmo meu tio? Ele é o pai da minha priminha na sua barriga? ―
Deirdre percebeu que Aurora tinha gostado de a chamar de tia e sentiu um calor no peito. Então disse a Aurora:
― Ele é de fato o pai da criança. Mas tenho alguns problemas com ele e não posso perdoá-lo ainda. ―
― É por causa de outras mulheres? ― Aurora parecia estar pensando, apoiando o queixo nas mãozinhas e o cotovelo na mesa, de joelhos na cadeira.
Deirdre ergueu os olhos, surpresa que uma criança de seis anos como Aurora pudesse acertar em cheio.
Aurora inclinou o corpinho para frente e começou a balançar os pés, atrás do corpo.
― Meus pais brigaram por causa de outras mulheres também, então eu odeio meu pai. Mas não odeio o tio Brendan. ―
― Por quê? ― Deirdre ficou surpresa.
― Porque o tio Brendan tem apenas você no coração. Ele é diferente do meu pai. Ele não é o mesmo tipo que meu pai. Não posso odiar um tio que tem apenas você no coração — explicou Aurora.
Deirdre olhou para Aurora, acariciou seus cabelos e disse:
— Você é muito inteligente para sua idade. ―
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...