Ciclo de Rancor romance Capítulo 1253

Deirdre ficou surpresa. Ela não conseguia ver perfeitamente as feições de Brendan, mas podia sentir sua determinação.

― Filho... ― Madame Brighthall virou as costas e deu alguns passos vacilantes, em direção ao leito hospitalar. ― Então, você está dizendo que não vai terminar com ela? Você está realmente tentando cortar relações com sua mãe por causa de uma mulher como ela? ―

Brendan franziu as sobrancelhas, querendo reforçar sua determinação, mas Deirdre percebia que não poderia permitir que o magnata continuasse irredutível. O corpo de Madame Brighthall não seria capaz de suportar isso e o relacionamento deles também não sobreviveria a um confronto como aquele.

― Madame Brighthall... ― Deirdre mudou a maneira como ela se dirigia a ela. ― Não sei por que, mas você passou subitamente a me detestar. Já que isso aconteceu e parece não haver maneira de arrumar a situação, nunca mais você vai me ver. Vou embora, mas... ― Ela parou por um momento. ― Minha filha vai nascer em segurança. Ela é meu sangue e carne e não pertence apenas a Brendan. ―

Ela se virou e saiu, deixando Brendan e Madame Brighthall na sala.

Madame Brighthall caiu de joelhos, desgrenhada. Brendan olhou para a silhueta de Deirdre que partia e suprimiu o desejo de persegui-la.

― O que há de errado com você, mãe? ― Brendan estava totalmente confuso. ― Você sempre gostou muito de Deirdre, desde que ela salvou sua vida. Se o pensamento dela fosse torto e ela estivesse tentando se ligar a pessoas influentes, ela teria estado comigo desde o início. Por que ela esperaria até agora? ―

Madame Brighthall fechou os olhos e os abriu novamente um momento depois. Seus olhos estavam vermelhos.

― Você não sabe de nada! Isso é pecado! ― Ela se jogou sobre Brendan na tentativa de abraçá-lo. ― Você não pode se casar com ela! A menos que queira que eu morra e traga sofrimento para toda a nossa família! Caso contrário! Você deve se separar dela! ―

Ophelia aguardava tranquilamente ao lado da porta do quarto e, quando Deirdre passou por ela, perturbada, caminhando em direção à saído do hospital, a mulher a acompanhou de perto até o ponto de ônibus e quando a jovem se sentou, a mãe colocou um agasalho sobre seus ombros.

― Garota boba, por que você está parada em um local com muito vento em vez de ir a algum lugar coberto? Você está tentando ficar doente de novo? ―

O sorriso de Deirdre era amargo quando ela se explicou:

― Mãe, eu... eu só quero tomar um pouco de ar fresco. O hospital está cheio de cheiro de desinfetante e me deixa enjoada. ―

― Não é nada disso... ― Deirdre abaixou a cabeça, seus lábios ficando pálidos. Não ficou claro se foi devido ao vento frio ou a uma percepção repentina. ― Essa não é a razão. ― Ela murmurou para si mesma: ― Madame Brighthall não é esse tipo de pessoa. Ela não se importa com a diferença social, então acredito que há algum tipo de mal-entendido por trás disso. ―

Ophelia soltou um suspiro.

― Você simplesmente não desistirá até que toda a esperança esteja perdida. ―

Ao dizer isso, a mulher virou a cabeça e viu que Brendan as examinava ansiosamente, olhando da porta do hospital. O rosto abatido do magnata recuperou um toque de cor quando ele pôs os olhos em Deirdre.

― Sogra, Dee! ― ele exclamou, enquanto se aproximava, inclinando levemente a cabeça e direcionando o olhar para Deirdre. Havia uma mistura de carinho, culpa e cansaço em seus olhos.

― Dee ― ele disse suavemente, pegando a mão dela e notando a frieza do toque. Brendan não conseguiu desistir. ―Está muito frio aqui. Vamos para casa? ―