Ciclo de Rancor romance Capítulo 1275

O coração de Deirdre batia forte de ansiedade enquanto ela caminhava com o policial. Até que viu a pessoa que a aguardava e sua expectativa cessou. Até seus sentimentos esfriaram.

Mesmo querendo começar a questionar imediatamente, sem querer alarmar o policial, Deirdre respirou fundo e apenas ocupou seu lugar à mesa e esperando o homem sair. Afinal, ela queria saber o que havia mudado em sua relação com Ophelia e não gostaria que ninguém ficasse ouvindo a conversa.

― Achei que você não se atreveria a vir me ver ― disse Deirdre.

― Vim trazer alguma bolsa com roupas e uma quantia em dinheiro, para você. Está frio aí e tenho medo que você pegue um resfriado e você pode vir a precisar comprar alguma coisa. Mas não se preocupe. Combinei com meus aliados. Depois que tudo se acalmar, eu vou te tirar daqui ― respondeu Ophelia, parecendo gentil.

― Não finja que se importa! ― Deirdre se levantou, com raiva e com os olhos cheios de lágrimas. ― Quem é você? Você não é minha mãe! Você não é Ophelia! Como minha verdadeira mãe seria capaz de trair, machucar e caluniar sua filha assim? ―

― Deirdre, sabemos muito bem que sou sua mãe ― assegurou Ophelia, enquanto olhava em outra direção.

Tremendo, Deirdre ergueu as mãos algemadas enquanto dizia:

― Tem certeza? É assim que uma mãe trata a filha que nunca fez nada para merecer isso? ― Então gritou: ― Por quê!? Por que você matou Madame Brighthall e me fez assumir a culpa? Mãe? Mãe! Eu imploro. Por favor, seja racional! O que foi que fizeram com você, durante esses anos, para que você se tornasse tão cegamente leal a ponto de não se importar com a vida ou a morte de sua única filha? ― As lágrimas de Deirdre jorraram como uma inundação, e ela chorou de dor.

A jovem não aguentava mais. Quanto mais dessa vida absurda ela teria que suportar, sendo questionada por seu amado e mandada para a prisão por sua própria mãe? Quando isso terminaria?