Ciclo de Rancor romance Capítulo 1306

Depois de avaliar a determinação de Deirdre, Sam disse:

― Ninguém poderá te proteger se você ficar. Doutor Fuller me ligou, há uma semana, pedindo para que eu cuidasse do senhor Brighthall e pedindo que eu não o deixasse sozinho. Acho que ele pode ter previsto alguma coisa. ―

Deirdre perguntou apressadamente:

― Onde ele está? ―

― Depois daquela ligação, não consegui mais falar com ele. Eu suspeito que o estejam segurando em Gérmia. Então agora, além de mim, ninguém pode te ajudar a sair. ― Sam disse impotente.

Deirdre mordeu o lábio inferior com força. As especulações de Sam a abalaram profundamente. Ela nunca esperou que a influência dos inimigos de Brendan fosse tão ampla a ponto de segurar o amigo no exterior. Mas, recuperando a concentração, balançou a cabeça.

― Precisamente porque sermos apenas nós dois é que não posso ir embora. Não posso te sobrecarregar. Você ainda está livre e, caso algo aconteça algo, pode entrar em contato com as pessoas atrás de nós. Mas ficaremos ainda mais desamparados se eu fugir e deixar tudo nos seus ombros. ―

― Dona Dee... ―

― Você precisa ir agora. Brendan estará de volta em breve, e eu devo estar no meu quarto, como nos outros dias. ― Deirdre já havia se decidido.

A jovem saiu sem hesitar e, assim que ela voltou para a mansão, a cuidadora se aproximou dela:

― Querida, eu fiquei tão preocupada... comecei a pensar que você fugiria com aquele homem e me deixaria em apuros! ―

― Mas, se você pensou que eu iria fugir, por que não interveio? Você mesma disse que ficou com medo de Brendan! ― Deirdre riu.

― Claro que fiquei com medo! ― Wanner admitiu com franqueza. Então ficou em silêncio por um momento, antes de continuar. ― Mas você está infeliz por ficar aqui. Talvez fosse melhor ir embora. O senhor Brighthall ficaria, no máximo, zangado comigo, mas não me mataria. ―

A resposta inesperada surpreendeu Deirdre e a lembrou de Anna Engel. A governanta cuidou muito bem dela, por bastante tempo, mas Ophelia, a mando dos inimigos de Brendan, montou uma armadilha que a fez partir. No final das contas, foi porque ela insistiu em se reencontrar com a mãe que acabou naquela situação.

Quanto mais Deirdre pensava nisso, mais inquieta se sentia. Ela foi até a varanda para deixar o vento frio clarear a mente, esvaziando tanto seus pensamentos que não ouviu quando Brendan entrou no quarto.

Agindo por instinto, o homem a abraçou com mais força, mas seu coração estava cheio de aborrecimento.

― Você está com frio e mesmo assim ficou sem agasalho na varanda? ―

Ele a guiou de volta para o quarto e fechou as janelas, depois tocou as pontas dos dedos dela. Eles estavam realmente gelados, desprovidos de qualquer calor.

Deirdre voltou a apoiar a cabeça intimamente em seu peito.

― Senti que ficar ali me ajudou a clarear a mente e a entender muitas coisas. ―

― Você não faz sempre o que quer, sem pensar? O que você tinha para entender? ― Brendan zombou.

― Não é isso... ― Deirdre se agarrou às juntas do colarinho dele, com firmeza, mas suavemente. ― Se eu tivesse entendido antes... Se eu tivesse percebido antes, tudo seria diferente... Brendan, me desculpe. ―