Ciclo de Rancor romance Capítulo 1315

Depois de ser chamado, Bliss se aproximou de Deirdre com o rabo abanando e logo tentou esfregar o focinho no rosto da jovem para cumprimentá-la com entusiasmo. Deirdre acariciou seu pelo curto e brincou com ele.

Brendan ficou ao lado e se sentiu estranho ao testemunhar a cena. Afinal, apesar de não conseguir reconhecer o cachorro, sentia que estava conectado a ele de alguma forma. ‘Bliss... Que nome familiar...’ Ainda assim, ele não conseguia se lembrar com clareza.

Ele virou a cabeça para perguntar ao dono:

― Você falou que o cachorro me reconheceu. Ele já me viu antes? ―

Sem saber da amnésia de Brendan, o proprietário presumiu que o magnata havia se esquecido devido à vida agitada. Então, gentilmente o lembrou:

― Ah, você não se lembra! Você trouxe Bliss para nosso pet shop há algum tempo atrás. ― Explicou: ― Nosso pet shop estava com dificuldades financeiras, à beira da falência. Você generosamente nos forneceu apoio financeiro com a condição de que cuidássemos bem de Bliss e garantiríamos sua felicidade enquanto crescesse. ―

― Eu? Fui eu quem trouxe esse cachorro aqui? ― Brendan franziu as sobrancelhas e olhou para Bliss com seus olhos escuros e caóticos. ‘Como eu posso não me lembrar de nada sobre isso?’ O rosto de Brendan estava vermelho de raiva, e ele começou a se perguntar se Ophelia estava em conluio com a loja, para fazer com que ele se sentisse confuso.

Mas, antes que pudesse manifestar sua indignação, uma funcionária trouxe um contrato, a pedido do dono.

― Olha. Este é o termo que assinamos. Eu mantive minha promessa de tratar bem Bliss e é graças a você que o negócio de nossa loja está muito melhor agora! Isso nos permite adotar animais de rua e dar-lhes vidas felizes e plenas. ―

Brendan pegou o documento e folheou-o página por página. Além de reconhecer seu visto, viu seu nome assinado no final da última página. É certo que qualquer coisa poderia ser falsificada, mas ninguém seria louco de forjar sua assinatura. Era impossível que não reconhecesse sua própria letra. Ainda assim, por que ele não se lembrava de nada daquilo?

A expressão de Brendan era solene e cheia de sentimentos contraditórios. Ele podia sentir que havia sido diligente ao preparar o acordo... Mas, tudo por um cachorro?

De canto de olho, olhou para Deirdre, que segurava Bliss e seus lábios finos se moveram sem que ele percebesse.

― Por que... ―

Deirdre percebeu que era observada e afrouxou o controle sobre Bliss.

O rosto de Brendan ficou horrivelmente pálido.

― Morte brutal? Quem fez isso? ―

― Charlene McKinney. ―

A expressão de Brendan mudou drasticamente, passando de surpresa para raiva, em milésimos de segundo.

― Deirdre, você deve conhecer seus limites mesmo quando está mentindo. Como Charlene poderia fazer algo tão cruel? Será que você está começando a fabricar calúnias infundadas porque acha que estou tendo algum tipo de lapso de memória? ―

― Você saberá se é calúnia se apenas fizer uma investigação rápida, certo? ― O olhar de Deirdre era muito afetuoso. ― Brendan, suas memórias podem ter desaparecido, mas o que Charlene fez não deveria ter desaparecido. Você a mandou para a prisão, onde ela morreu. Você saberá de tudo se pedir para alguém investigar. ―