Ciclo de Rancor romance Capítulo 1367

― Precisamos levá-la ao hospital, isso é fato, mas... ― o médico parou de falar, olhando pela janela. A chuva forte e implacável não dava sinais de diminuir, tornando quase impossível deixar o resort com segurança e chegar ao hospital. ― Só podemos continuar com a medicação... ― concluiu o médico, com um tom tingido de desamparo.

A frustração de Brendan transbordou e, num ataque de raiva, ele arrancou tudo da mesa, fazendo com que os itens caíssem no chão. Sua compostura foi abalada e suas veias incharam enquanto ele lutava para conter suas emoções.

― Remédio? Foi uma porcaria de remédio! Ela recebeu seu tratamento! Por que está piorando? ― Brendan exclamou, sua voz cheia de desespero.

O médico explicou:

― Inicialmente pensamos que era apenas gastroenterite, mas acabou sendo um caso agudo... ―

O olhar de Brendan mudou para Deirdre, que se deitava na cama com uma dor agonizante e se contorcia de dor, gemendo. A determinação encheu os olhos do magnata, enquanto tomava uma decisão firme. Por fim, se levantou e começou a vestir Deirdre. Depois, a envolveu firmemente nos braços, pronto para carregá-la.

O médico ficou surpreso e se levantou, exclamando:

― Senhor Brighthall!? O que você está fazendo? A condição dela é muito crítica. Tirá-la agora é muito arriscado! Dadas as circunstâncias... devemos permanecer no quarto e descansar! ―

― Nem mais uma palavra! Estou decidido! ― Brendan retrucou, com determinação inabalável. ― Vou levá-la para o hospital. ―

A condição de Deirdre escalava rapidamente e a gastroenterite aguda era uma ameaça à vida. Brendan não aguentava mais testemunhar o sofrimento dela e não poderia ficar sentado de braços cruzados, enquanto a vida dela estava em jogo.

O médico ficou atordoado e até mesmo o gerente, que andava no saguão interveio:

― Por favor, acalme-se e considere a situação lá fora. Além da forte chuva, árvores caídas bloquearam a estrada no meio da montanha. Os veículos não podem subir e nossos veículos não podem descer. Se você tentar alguma coisa imprudente, você se colocará em perigo e não conseguirá resolver nada. ―

A expressão de Brendan ficou sombria e uma frustração arrepiante emanava dele. Como ele poderia ter esquecido que a estrada que descia a montanha já era intransitável? Em outras palavras, descer seria impossível.

― Além das árvores tombadas, existem muitos pontos de deslizamentos. Não

há como garantir que você consiga passar com o carro, talvez você tenha que seguir andando... ―

― Isso é o que faremos! ― Os olhos de Brendan ficaram vermelhos. ―Não posso simplesmente esperar aqui, enquanto ela sofre. Deirdre não deve estar em perigo! Contate alguém imediatamente para levar uma ambulância até onde conseguir. Vou levar Deirdre ao sopé da montanha o mais rápido possível! ―

Dito isto, Brendan correu para o estacionamento, embalando Deirdre nos braços. Depois de acomodá-la no banco de trás, passou o cinto de segurança e arrancou, dirigindo o mais rápido que a cautela permitia. Enquanto gotas de chuva do tamanho de feijões batiam no para-brisa, como uma cachoeira. Brendan ligou os faróis altos e navegou pela traiçoeira estrada da montanha.

Deirdre continuava a gemer de dor no banco de trás, mas a determinação de Brendan ficava mais forte à medida que avançava, correndo em direção à metade do caminho.

O que o gerente havia informado, era verdade. Duas árvores obstruíam o caminho, deixando apenas um pequeno canto proporcionando uma passagem estreita para uma pessoa.