Ciclo de Rancor romance Capítulo 1369

Uma última lembrança passou pela mente de Brendan:

“― Agora você acredita em mim, Deirdre? Está disposta a acreditar que não sou a pessoa que você odeia? — A voz de Brendan estava cheia de seriedade e um apelo por aceitação.”

Quando o magnata abriu os olhos novamente, a clareza voltou ao seu olhar sombrio. Emoções giravam em suas íris negras, uma mistura tumultuada que refletia sua agitação interior.

Deirdre, cuja dor dava uma trégua, reuniu todas as forças restantes para estender a mão e agarrar fracamente a manga de Brendan. Lágrimas escorriam pelo seu rosto, escondidas sob a manta térmica e impermeável.

― Bren... dan... ― sua voz tremia de exaustão.

O magnata afastou delicadamente a manta, revelando uma figura indistinta na escuridão, uma presença fugaz.

― Você está bem? ― Deirdre perguntou com a voz rouca.

Brendan não deu uma resposta direta. Em vez disso, abaixou a cabeça e deu um beijo na testa dela. Embora seus lábios estivessem frios, um leve calor irradiava deles.

― Dee, você se lembra do que eu lhe disse antes, Deirdre? ― A voz de Brendan continha uma pitada de antecipação.

Lutando para encontrar a voz em meio à dor, Deirdre conseguiu pronunciar uma única frase curta:

― O que foi?―

― Descanse e deixe tudo comigo ― respondeu Brendan, suas palavras não uma resposta direta, mas uma garantia.

Mais uma vez, o magnata ergueu o corpo, disposto a concluir a jornada. Mas, por outro lado, a dor de Deirdre voltou com tamanha intensidade que a jovem desmaiou.

-

Após um longo procedimento cirúrgico, Deirdre recuperou gradualmente a consciência. Sua mente ainda estava confusa, mas ela se lembrava vividamente da presença de Brendan durante o tempo no hospital.

Ela também se lembrava de tê-lo visto sendo atingido por um golpe forte, caindo de joelhos em agonia e proferindo algo enigmático. Franzindo a testa, Deirdre se esforçou para recuperar mais memórias.

― Ele chegou a dizer quando viria? ―

― Não que eu saiba. ― A enfermeira suspirou suavemente. ― Por que você não tenta telefonar para ele? ―

Deirdre assentiu.

― Você pode me emprestar seu telefone? Eu não estou com o meu ― ela pediu.

― Claro, querida. ―

A enfermeira entregou o telefone a Deirdre, que discou o número de Brendan. Então, colocou o telefone no ouvido, mas a ligação não foi completada. Ela tentou três vezes, cada uma com o mesmo resultado. Com um suspiro de resignação, ela devolveu o telefone.

Brendan provavelmente não atenderia ligações de números desconhecidos. Ela não teve escolha a não ser esperar até que ele chegasse hoje e perguntar pessoalmente.