Os olhos de Brendan pousaram no rosto pálido de Deirdre e depois nas mãos vermelhas e congeladas.
― Você ficou maluca? ― ele disse. ― Achei que você já tivesse voltado para o seu quarto. ―
Deirdre sentiu ressentimento e desamparo crescendo em seu coração.
― Pare de fingir. Não acho que você não soubesse que eu estava aqui. Você não veio aqui de propósito. Você me deixou sozinha e no frio porque quis. ―
Os olhos de Brendan permaneceram calmos e ele não se preocupou em refutar a acusação.
― Estou feliz que você tenha percebido. Fiz isso para te ensinar uma lição. Caso contrário, você pode desenvolver sentimentos errados em relação a alguém que não deveria desejar. ― Ele falou com justiça própria, fazendo com que os olhos de Deirdre ficassem vermelhos de raiva.
― Então você me deixou aqui para congelar de frio para me punir? Por quê? Fui eu quem te puxei e te coloquei no colo? Fui eu quem ficou apalpando seu corpo, conferindo cada centímetro de pele? ―
Brendan parecia envergonhado, mas não falou muito.
― Foi apenas um mal-entendido. Eu não estava pensando com clareza. ―
Deirdre tremeu de raiva.
― Vai ser assim? Tudo bem, eu entendo. Não importa o que aconteça, nunca mais colocarei os pés nesse escritório ou terei qualquer contato com você. ―
Deirdre se afastou de Brendan e foi abrir a porta do escritório. Mas, antes que pudesse sair, o magnata agarrou seu pulso. A jovem puxou o braço, se livrando do toque e exclamou:
― O que mais você quer fazer? Você gosta de brincar com minhas emoções? ―
O magnata sentiu a frieza emanando do corpo delicado e seu rosto imediatamente ficou sério.
― Você vai pegar um resfriado. Seu corpo está frio. Vou pedir para a senhora Wanner fazer um chá para você. Vá para o meu quarto... e tome um banho quente. ―
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...